segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O Segredo do panettone

Capitulo XXX


Lhama foi ao supermercado comprar carvão e outras coisas para o churrasco de amanhã era ano novo e tinha jogo, perfeito, mas naquele momento ele preferia mil vezes estar com a Pâmela. Passou no caixa e pagou, colocou as coisas no porta malas e foi para sua casa. Ele guardou as coisas, arrumou a casa e limpou tudo. Depois tomou um banho longo e demorado e foi dormir tendo o cuidado de ativar o despertador para acordar cedo e Ter tempo de preparar as coisas e receber o pessoal. Acordou por volta das 10h, fez umas saladas, arroz e foi esquentando a churrasqueira, por volta do meio dia alguns amigos já haviam chegado inclusive o Robson com as carnes. Fez-se a rodinha em volta da churrasqueira e conversaram sobre tudo. O tempo estava bem quente e enquanto as bebidas ainda não estavam bem geladas foi servido refrigerante mesmo. A festa estava bem animada, a cerveja estava rodando e a carne estava saindo, tinha por volta de umas 15 pessoas lá. O jogo começou e estavam todos satisfeitos, a churrasqueira havia sido apagada e havia ainda uns abacaxis para pegar o calor restante e comer assado depois. O abacaxi estava uma delícia, suculento e docinho. O jogo acabou, alguns foram embora comemorar com a família o resto da data, outros ficaram mais um pouco mas logo foram embora também. Era 10 horas da noite quando o último saiu. Lhama estava cansado e ainda tinha que arrumar toda a bagunça, mas não estava com pique.depois de tomar um banho limpou o grosso da sujeira e deitou na cama olhando para o teto sem sono. Ele estava pensando na Pâmela. Ficou lá não se sabe por quanto tempo...até que decidiu ir à casa de Pâmela. Vestiu-se, pegou o carro e foi.não demorou muito, Lhama ficou uns minutos no carro para criar coragem abriu a porta do carro e andou devagar até a porta, bateu três vezes ela abriu a porta eles ficaram um tempo se olhando
- Desculpa...
Ela o agarrou deu-lhe um beijo
Afastou-se um pouco e disse:
- Esse meu fetiche por detetive é incontrolável - e puxou lhama pra dentro

Um ano depois...

-Estão batendo na porta amor você pode atender?
-Claro meu anjo
Lhama abriu a porta da casa, era o correio, trazia uma caixa com um recadinho, lhama agradeceu e fechou a porta, Ed já estava vindo curioso para saber o que era. Lhama abriu era uma caixa de panetone Bauducco, e um recado do velho Antônio “ creio que conheça essa marca... aproveite “
Lhama sorriu
- Pâmela é um presentinho do velho senhor Antônio...
- Aquele velho... me causou tantos problemas, não sei por que ainda fico animada quando recebo notícias dele.
- Apesar de tudo é gente fina.
- Eu preciso ir, tenho uma audiência com o juiz pra acabar com essa questão da adoção do Ed.
- O garoto ta cada vez maior e parecido com o pai. Será que herdou os dotes culinários?
- Quem sabe...
- Eu vou deixá-lo na escola e vou dar uma passadinha no beirute do Robson certo ?
- Tudo bem, depois você vai para o trabalho
- Sim
Eles se beijaram e saíram.

O Mistério do Panetone

Capítulo XXX

- Não vai dizer que você vai querer fugir correndo agora, né? – ironiza Lhama.
O Ogro estava nervoso e não sabia como agir. Gildo, escondido liga para seu filho:
- Gilderson? Preciso que ligue para o delegado daqui de São José e peça para que ele mande reforços. Conseguimos achar o esconderijo do Ogro.
Gildo explica para seu filho como chegar ao sítio e encerra a ligação. Neste instante, cerca de vinte dos capangas chegam à porta e sacam suas armas, rendendo-os:
- E agora, Lhama? Pensou que ia vir aqui, resgatar o Macaco e ir embora? Você acaba de antecipar a morte de vocês! Quanto ao motorista e o velho... Se vocês quiserem podem ser meus escravos. Se não estiverem de acordo, já podem avisar agora que eu faço a gentileza de vocês terem o mesmo fim de seus amiguinhos. – diz o Ogro
- Eu nunca serviria nem um copo de água para você. – retruca Gildo.
- Bom, já que é assim... Meus caros, atirem. – ordena o Ogro
Os capangas preparam o tiro e apontam. Lhama, Macaco, James e Gildo tremem mais que vara verde. Eles fecham os olhos e ouvem os disparos simultâneos. Macaco abre os olhos e pergunta a Lhama:
- Aqui é o céu?
- Não. Eles não atiraram em nós. Olhem atentamente a frente de vocês.
Eles começam a observar e vêem os capangas do Ogro caindo mortos. Atrás deles estão os policias de São José que Giderson havia enviado no momento em que Gildo fez a ligação.
- Mas como eles chegaram aqui de repente? – surpreende-se James.
- Eu liguei para meu pai e pedi para que ele enviasse alguns policias daqui de São José. Por sorte eles chegaram a tempo. Se não teríamos partido dessa para melhor.
O policial que comandava a operação ordena que o Ogro saia do celeiro com as mãos para o alto. Ele é algemado e colocado na viatura que logo partiu.
- Vamos voltar para Andenópolis, Macaco e James. Gildo, não sei como te agradecer, você salvou nossas vidas.
No dia seguinte, Lhama foi à delegacia para contar das descobertas para o novo delegado da cidade. Foram horas depondo. Após muito falar ele sai da delegacia e, ao por o pé na rua, uma multidão o aguardava. Num coro único, eles saúdam Lhama e gritam:
- Óóóó o Lhama!

domingo, 29 de novembro de 2009

O Segredo do Panetone

Cap XXIX

“Olá detetive, deve estar surpreso com essa carta mas eu não conseguiria partir sem te explicar os motivos e deixar minha consciência limpa sabendo que o senhor já não duvidará de mim quando terminar de ler.
Gostaria de esclarecer que não foi minha intenção o incêndio na fábrica, apenas aconteceu de eu estar fumando no lugar e hora errada e sem prestar atenção deixei cair minha bituca perto de um barril com uma substância que até agora não sei o que é mas que acabou inflamando e explodindo tudo, creio que em poucas horas será notificado de tudo isso e ainda saberá que substância era essa.
Sei que Catarina é culpada do assassinato de Maurício, e sei que ela o fez pois ela queria o segredo do Panetone já que seu marido nunca lhe revelara tal coisa, acredito que a essa altura o senhor também já sabia.
Preciso ser sincero, sempre achei que a culpada era Pâmela, mas depois que eu conversei com o filinho de Maurício descobri quem era a mente por trás de tudo.
Não escrevo para te contar do culpado pela morte de Maurício isso o senhor deve saber, mas conto que o segredo existe e descobri onde estava. Só para sanar sua curiosidade o segredo estava com o menino mas ele mesmo não sabia disso. Deve estar se perguntando onde, pois eu respondo, estava no braço perdido do macaco de pelúcia que o garoto carregava para cima e para baixo, o braço ficava guardado na fábrica dentro de uma gaveta trancada. Eu consegui pegar e você não vai acreditar qual é o ingrediente secreto...
É claro que eu não vou te contar, seria ridículo, mas agora saio da cidade para que com essa mina de ouro que tenho nas mãos eu venha a ser rico e todos conhecerão minha marca. Posso te deixar o segredo do meu beirute e se quiser ficar com minha venda ela é toda sua, sinceramente você não é bom detetive.
Me desculpe por tudo que eu te fiz

Prometo te mandar um panetone assim que tiver me estabilizado
Até a vista

Antônio Bauducco. "

Lhama sorriu feliz de ter tudo esclarecido “ tenho que admitir, o velho é bom, melhor que eu! “ pensou.
Não saiu do carro, ao invés disso ligou e saiu.

O misterio do panetone

Capítulo XXIX

Lhama encara o Ogro, mas por dentro sente um pouco de medo:
- O que você quer conosco? Não fizemos nenhum mal a você.
- Ah, caro detetive, fizeram sim. Aliás, não só um mal, mas dois.
- E quais foram? Conte-me, pois não sei do que se tratam.
- O primeiro foi querer estragar o meu negócio...
- Mas que raios de negócio é esse? Isso que você faz é crime!
- Cala a boca, sua Lhama! Eu ainda não terminei de falar. Como eu ia dizendo, você quer estragar o meu negócio dos panetones, e isso me chateia um pouco – ironiza o Ogro.
- E o outro motivo, qual é?
- Bom... Para contar esse eu vou ter que refrescar um pouco a sua memória. Era dia onze de setembro de dois mil e um e...
- Ah, mas o que a queda das torres gêmeas tem a ver com isso tudo?
- Mas que saco! Ainda não terminei de falar, Lhama idiota!
- Bom, naquele dia eu recebi uma ligação do meu irmão dizendo que estava em apuros fugindo de dois detetives. Eu logo perguntei se ele precisava de ajuda e em seguida eu ouvi o barulho de um disparo de uma arma. O celular dele ficou mudo e horas depois eu recebi uma outra ligação. Dessa vez, era pra me notificar da morte dele. Ele fazia tráfico de cajuzinho nas Bahamas. Essa história soa familiar para seus ouvidos, Lhama?
- Então aquele bandido era seu irmão... Bem feito, ninguém manda querer ser traficante.
- Você matou meu irmão, seu desgraçado! E agora eu vou fazer você pagar. Foi uma promessa que eu fiz a mim mesmo no dia em que eu descobri onde você morava. Eu rapidamente liguei para o Faraco e mandei que ele passasse o caso do meu tráfico para você investigar. Nada mais disso importa, o que eu realmente quero agora é fazer você pagar. Depois disso, nem prisão perpétua vai apagar essa felicidade da minha memória.
- Mas e os panetones? O que há de tão especial neles?
- Os panetones antes eram realmente meu negócio, mas como quis atrair vocês até aqui ele passou a ser apenas um pretexto. O que deixa a pessoa alucinada ao comê-lo é um ingrediente muito poderoso: farinha angolana. Chega de conversa furada, a tortura os aguarda.
Ogro ordena a seus capangas que amarrem Lhama e Macaco de cabeça para baixo. Após o feito, ele ordena que também amarrem Gildo e James. Entretanto, eles só fingiam estar desacordados. Rapidamente, eles nocauteiam os capangas e soltam os detetives das cordas. O Ogro fica encurralado.

sábado, 28 de novembro de 2009

O Segredo do Panetone

Cap XXVIII

Lhama chegou rápido à fábrica, os bombeiro apagavam o resto de fogo que restara, por sorte apenas algumas pessoas saíram feridas do acidente. Lhama se dirigiu ao chefe dos bombeiros, mostrou sua identificação e começou a perguntar:
- O senhor saberia me dizer a causa do incêndio?
- Não, senhor estamos acabando de apagar o fogo, há duvidas quanto a causa, pois pode ter sido um incêndio criminoso
- Quanto tempo até saber a causa?
- Daqui a uma hora o senhor terá os resultados
- Muito obrigado.
Lhama deu uma olhada na fábrica e virou-se indo para seu carro mas alguém lhe chamou antes de partir
- Detetive Lhama!
Ele se virou e viu o senhor da limpeza com quem tinha conversado no dia em que foi à fábrica
- Olá, me desculpe eu esqueci seu nome
- É Jorge, eu gostaria de falar-lhe
- Diga
- É a respeito do incêndio, eu sei quem foi
Lhama parou, olhou atentamente o funcionário e disse
- Continue
- Eu vi quando o Sr Antônio saiu correndo pela porta dos fundos e antes disso, eu vi entrando na fabrica, pouco antes do incêndio acontecer. Sem dúvida era ele
Lhama refletiu sobre o que acabara de ouvir, não estava tão surpreso, ele já não confiava mais no velho desde ele seqüestrou o filho dos De La cruz. Ele era capaz de qualquer coisa para conseguir o que queria e Lhama sabia bem o que era. Lhama agradeceu rapidamente à Jorge e saiu correndo até a casa do velho. Já sabia que não encontraria ninguém lá, afinal se tinha sido mesmo ele, já estaria bem longe daqui, era muito esperto. Mas a surpresa ficou por conta de uma carta que estava colada na parte de trás da porta. Era uma carta do velho para Lhama, queria ler ali mesmo mas ele tinha que terminar o caso de Maurício então pegou a carta e levou consigo para a delegacia. Lhama foi até seu chefe e lhe contou tudo. Catarina foi quem matou Maurício, com um veneno colocado no panetone que ele comeu na noite. Os motivos são desconhecidos, coisas que só Catarina poderia responder.
Ele encerrou o caso definitivamente. Tudo esclarecido, mas faltava uma coisa, apenas uma e a resposta certamente estaria ali, naquele envelope. Lhama saiu da delegacia sem finalizar com os papéis “eu faço isso amanhã” pensou. Chegou em sua casa mas não saiu do carro, abriu ali mesmo e começou a ler...

O Mistério do Panetone

Capítulo XXVIII

Dez minutos foram suficientes para praticamente atravessarem a cidade. Chegando ao início da estrada, Lhama e seus companheiros acharam melhor irem a pé, já que o barulho do motor do táxi poderia chamar a atenção.
- James, Gildo, é agora. Fizemos um tremendo esforço para chegarmos aqui e só sairemos daquele sítio com o Macaco junto de nós. Por isso, peço muita cautela, não ajam no impulso e mais importante de tudo, não façam nenhum barulho. – orienta Lhama.
Após uma curta caminhada eles chegam ao cativeiro onde estava o Macaco. Eles entram e cada um se esconde atrás de uma árvore. Lhama inclina a cabeça para ver se não havia ninguém. Aparentemente, a área estava vazia.
- Vamos dar uma olhada naquele celeiro; é quase certeza de ele está lá. Se não estiver, nós damos uma olhada ali na casa. Vamos rastejando, mas tentem ser o mais rápidos que conseguirem. – cochichou o detetive.
Os três pareciam estar no meio de uma guerra. Rastejavam desesperadamente feito soldados aleijados. Chegaram à porta do celeiro rapidamente, entretanto, a alegria durou pouco: viram seis pernas se posicionarem entre eles e a entrada. Olharam para cima e viram que eram três dos capangas do Ogro. Um chute na cabeça de cada um foi suficiente para ficarem desacordados. Os homens rapidamente os amarraram e os levaram para perto do Macaco.
- Soltem meus amigos! – implora Macaco.
Um dos homens dá um chute na barriga de Macaco:
- Fique quieto, senão na próxima eu faço você ficar na mesma situação deles.
O detetive, o motorista e o ex-delegado de Petrópolis permaneceram desmaiados por aproximadamente duas horas, até que Lhama começa a retomar a consciência:
- Macaco, você ainda está vivo! – alegra-se Lhama.
- Sim, mas vocês não deveriam ter vindo até aqui.
- Deixe de ser orgulhoso, detetive. Nós viemos te salvar; daqui a pouco estaremos voltando a Andenópolis e o Ogro estará atrás das grades.
A conversa se estende até que Lhama começa a observar um dos caixotes que continha os panetones. O que chama a sua atenção é um carimbo na caixa escrito Made in Angola.
A porta abre bruscamente; Gildo e James acordam e Lhama percebe. Entretanto, James e Gildo piscam para Lhama e voltam a fingir que estão desacordados. Lhama entende o recado. O Ogro entra pela porta com um sorriso infame:
- Ora, ora, que surpresa agradabilíssima, detetive Lhama.
- Quem é você? – espanta-se Lhama
- Ele é o Ogro. – responde Macaco.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Cap. XXVII

Lhama saiu com duas viaturas em velocidade direto para a casa de Catarina, não sabia o que podia encontrar, Catarina poderia muito bem ter fugido já que em momentos toda a cidade estava sabendo do que ocorrera na delegacia. Demorou cinco minutos até chegar na casa de catarina. Lhama estava comandando a operação. Ele bateram na porta alguma vezes chamando por ela mas ninguém atendeu, alguns homens tomaram a frente e arrombaram a porta, a operação foi iniciada. Procuraram em cada canto da casa mas não acharam. Até ouvirem a porta de um carro batendo, na parte dos fundos da casa uns policiais se dirigiram até lá e viram catarina saindo de carro. Lhama entrou na viatura e começou a perseguir catarina. Não demorou os carros estavam quase juntos mesmo assim catarina não desistiu, entrou na rodovia indo para fora da cidade, o velocímetro de Lhama marcava 170 e Catarina estava um pouco mais rápida, mas ela estava tão preocupada com Lhama atrás dela que nem viu que estava entrando na pista contrária, e só percebeu quando ouviu a buzina de um caminhão que estava vindo de frente, ela tentou desviar mas não conseguiu, o carro girou duas vezes na pista e então colidiu com o caminhão. Lhama conseguiu parar o carro antes da tragédia acontecer e viu tudo de longe. Ele chegou perto do carro, viu que catarina estava morta, amassada contra o caminhão em meio à ferragens, seu filho estava atrás, ferido assim como o motorista, lhama pegou seu celular e ligou para a emergência. Enquanto esperava, retirou o menino do carro e o imobilizou no chão. Quando foi retirar o motorista, a ambulância havia chegado e fez o trabalho. Recolheu o corpo e levou rapidamente o garoto e o motorista para o hospital. Lhama ligou para a delegacia e informou o que havia acontecido. Estava prestes a voltar para a delegacia quando ouviu na rádio patrulha sobre uma explosão que acabara de ocorrer na fábrica de panetone, fazendo- o mudar de rumo.

O Mistério do Panetone

Capítulo XXVII

Após muito empurrar o carro, os três finalmente teriam um descanso, mas somente enquanto os pneus eram consertados.
- Já são mais de meia noite. Nós vamos continuar ainda hoje? – pergunta James, exausto.
- Se estivéssemos viajando a turismo já teríamos parado para descansar há muito tempo, mas a vida do Macaco corre sério risco e não podemos descansar nem um pouco agora. – argumenta Lhama.
Os três ficam sentados observando o mecânico consertar os pneus. Olham para a lanchonete e todos têm a mesma idéia: vão comer alguma coisa, já que não comiam há muitas horas. Comeram feito condenados e saíram de lá depois de quase uma hora. Entretanto, o azar parecia mesmo estar perseguindo eles: o carro estava pegando fogo e o mecânico havia sumido.
- Meu carro! – gritou Gildo.
- Agora não há tempo para desespero! Rápido, peguem um extintor de incêndio, pode haver uma explosão a qualquer momento! – alerta James.
Após apagarem o fogo, eles ficam muito abalados.
- E agora, o que fazemos? – desespera-se Gildo.
Lhama pensa por alguns minutos e pergunta a um funcionário da lanchonete:
- Qual é a distância daqui a São José?
- São mais ou menos seis quilômetros, senhor.
Ele volta até seus dois amigos e toma uma decisão:
- Nós vamos andando.
- Andando?! Você está louco?! – questiona James.
- Tudo bem. Andar não seria uma boa opção. Nós vamos correndo. Macaco pode estar morrendo e vocês ficam com frescura. Venha somente atrás de mim quem estiver disposto a salvá-lo.
Lhama começa a correr pela estrada escura. Gildo e James, vendo-se sem saída, correm atrás do detetive.
Era de manhã quando os três praticamente se arrastavam debaixo do sol que fervia seus miolos. Porém, após avistarem a placa que indicava a entrada para a cidade de São José, eles correm feito presos recém-libertados da cadeia. Imediatamente entram num táxi e ordenam ao motorista que os leve para a estrada de terra onde se localizava o sítio.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O Segredo do Panetone

CapXXVI

Ele andou pela casa procurando a galinha mas não encontrou “ que saco de galinha!’ seu pego eu mato antes da hora!” disse Lhama já bravo. Decide comer o panetoneque catarina lhe trouxe, forra a messa pega uma faca e parte um pedaço que já estava quase na boca quando o telefone tocou.
Era da perícia que lifava para dar os resultados dos exames mas Lhama não estava prestando atenção no momento, outra coisa lhe chamou a atenção. Era a galinha, estava de baixo da mesa, parecia se esconder, parecia saber o que lhe aconteceria se fosse pega. Lhama foi sorrateiramente tentar pegar a galinha ainda com o telefone na orelha, se abaixou devagar mas quando estendeu os braçõs a galinah dá uma bicada e sai correndo e ele sái atrás dela depois de um tempo de eprseguiçaõ e vários “uhum” sem sentido no telefone, lhama desiste de prcurar a galinha que se escondeu novamente. Tudo isso foi muito rápido. Ele voltou para a cozinha e voltou a prestar atençãoao telefone, o rapaz estava terminado de falar das digitais quando lhama lhe disse que não estava mais no caso. O rapaz despontado insistiu em dar o último dado já que tinha falado quase tudo e lhama consentiu.
- É sobre o panetone senhor
- Que tem o panetone?
- Ele estava com uma substância diferente
- É eu sei, é um segredo de família... – mas o rapaz interrompeu
- Duvido muito senhor, eles vendem este panetone há tempos e eu mesmo sempre compro, mas nunca morri comendo um deles
- O que quer dizer?
Neste momento a galinha apareceu sobre a mesa e começou a bicar o panetone Lhama ficou furioso mas o rapaz cotinuou a falar
- O panetone estava envenenado.
Lhama parou chocado e quando olhou para a galinha ela tinha caído no chão soltanto uns grunhidos e dando uns tremiliques enquanto tentava bater as asas até que ela parou.
- Obrigado, isso me ajudou muito – disse lhama ainda estasiado cm o que houvera ali.
Ele aiu correndo de sua casa direto para a delegacia.
Chegando lá foi direto ao chefe e contou o ocorrido
- Muito obrigado lhama, seu depoimento valeu muito mas o caso está arquivado
- Senhor eu peço para voltar, este caso precis aser resolvido
- Não pode
- Por favor senhor !
- O senhor será restituído por um dia e se não resolver o caso acabou.
- Certo, muito obrigado senhor
Lhama saiu da sala afobado. Seu amigo Robson chegou
- O que está acontecendo Lhama?
Lhama parou, não tinha tempo para explicar, tinha que correr atrás de Catarina pois foi ela quem mandou ambos os panetones foi então que respondeu:
- A galinha morreu, pode levar a picanha no domingo. Vamos fazer um churrasco.
E saiu.
O Mistério do Panetone


Capítulo XXVI
Os três estavam praticamente pulando de alegria. Avistar aquele posto era como achar água no deserto. Gildo e Lhama empurraram com mais força ainda para chegarem mais rápido. Ao chegarem com o carro lá, rapidamente foram falar com o frentista:
- Moço, você poderia nos ajudar? Os quatro pneus do nosso carro furaram e só temos o estepe. Há uma borracharia por aqui?
- Sim. Seguindo pela estrada, daqui a dois quilômetros vocês encontrarão uma. Porém, não sei se está aberta a essa hora.
Os três ficam abalados. Andaram todo aquele tempo e ainda não poderiam consertar o carro.
- Nós não temos outra escolha. Macaco está correndo sério perigo; quanto antes continuarmos a empurrar o carro, mais cedo chegaremos à borracharia e mais rápido continuaremos a nossa viagem. James, entre no carro; Gildo, me ajude a empurrar o carro de novo. – ordenou Lhama.
Os dois que empurravam já não tinham mais tanto fôlego assim. Os dois quilômetros que haviam para ser percorridos pareciam vinte. Após uma hora ainda faltava mais de um quilômetro e meio. Gildo então resolve dar o braço a torcer:
- Motorista... Por favor, troque de lugar comigo. Parece que você estava certo. A idade está pesando um pouco.
- Não tem problema, vovô. Eu empurro.
Com James dando uma mão, o ritmo aumentou um pouco, já que ele só havia dirigido até então.
Era aproximadamente meia noite. Os três estavam muito cansados. Entretanto, o sofrimento havia acabado. O grito que antes foi dado por James, agora foi dado por Gildo:
- É a borracharia ali na frente! Mais rápido, estamos pertos!
Bastaram três minutos para eles chegarem ao local.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O Mistério do Panetone

Capítulo XXV

James dirige o carro que os levaria de volta a São José. Após as confissões de Faraco, Lhama sabia que corria sério risco de que o Ogro tentasse algo contra ele.
- Chegando lá, nós vamos diretamente ao sítio – planeja Lhama. Quero resgatar o Macaco ainda hoje, isso se o pior já não aconteceu a ele.
- Não fale assim dele, Lhama. Não deve ter acontecido nada, mesmo porque, o Ogro também está atrás de você, como disse o Faraco. – comenta Gildo.
- É verdade. Bom, só saberemos quando chegarmos lá. James, temos que chegar o mais rápido possível.
O carro viajava em alta velocidade. Porém, a sorte não parecia estar do lado deles. De repente, a velocidade do carro diminui rapidamente:
- James, por que estamos parando?
- Lhama, temo que o pior tenha acontecido. Vou parar no acostamento e já verifico isso.
James sai do carro, olha os quatro pneus e dá o triste diagnóstico:
- Infelizmente era o que eu esperava: os quatro pneus estão furados.
- Os quatro?! Mas isso é muita falta de sorte. O que podemos fazer agora?
- Acho que deve ter alguma borracharia aqui por perto. Meu carro não tem seguro e chamar um guincho sairia meio caro. Lhama, vamos empurrar o carro até o lugar mais próximo daqui para pedirmos ajuda. O James vai no volante. – sugeriu Gildo.
- Certo – concordou Lhama.
Foram mais de duas horas empurrando o carro e nem sinal de alguma borracharia ou qualquer posto. A estrada estava escura naquela noite e eles morriam de medo dos caminhões que passavam a distâncias mínimas. James põe a cabeça para fora da janela e diz aos dois que empurravam o carro:
- Acho melhor você trocar de lugar comigo, Gildo; você está ofegante e não tem mais idade para essas coisas.
- Mas que atrevimento. Saiba que meu preparo físico ainda está lá em cima. Eu dou conta aqui, pode continuar a dirigir.
Após a pequena discussão e mais uma curta caminhada, James grita, com um brilho no olhar:
- Ali na frente! É um posto de gasolina!
O Segredo do Panetone - Cap. XXV

- Diga qual é ?
- Eu me retiro do caso e peço a minha demissão
Durante alguns minutos fez-se silencio, e foi o chefe quem o quebrou:
- É isso que você quer?
- Sim
- Posso saber por quê?
- Não quero ser rude, mas prefiro que o senhor não saiba dos meus motivos, apenas que além de tudo eu não quero ver o departamento ser dissolvido e nem que mais pessoas sejam demitidas.
- Certo isso é o bastante não preciso saber mais nada além. Vá a central, assine a papelada e entregue seu distintivo e estará tudo oficializado.
- Ok.
Lhama saiu cabisbaixo e foi para sua sala. Ficou lá um tempo ouvindo música enquanto arrumava suas coisas em uma caixa. Quando terminou ele saiu enquanto todos os outros olhavam.
Seu amigo Robson parou a sua frente:
- Cara eu soube do que aconteceu, mas por que você pediu demissão?
-Eu não estava mais agüentando
- É por causa da Pâmela? - Além do velho ele era o único que também sabia do ocorrido
- É,
- Por que não pede apenas um afastamento
- Não ando muito bem, não consigo pensar direito o caso ia acabar parado e todo mundo do departamento demitido. Eu só preciso de um tempo.
- Então você pode voltar certo?
- Talvez disse - deprimido
- Então... Até mais cara. Domingo ainda tá de pé?
- Sim - Tentou falar com um pouco mais de entusiasmo mas ele não conseguiu enganar o amigo
- Se quiser cancelar?
- Não, eu preciso me distrair, vai ser bom pra mim, cozinhar me deixa calmo e assistir um bom jogo de futebol vai me distrair
- Certo. Deixe-me ajudar com isso - falou olhando para as caixas - Aliás, o que pretende fazer de comida? Se quiser eu posso levar umas carnes pra fazer um churrasco, o Dinho levaria a bebida...
- Não precisa, eu comprei uma galinha, estou engordando ela, vai ficar uma delícia. - E sorriu - Mas eu não dispenso as bebidas.
Os dois riram. Robson ajudou a colocar as coisas no carro. Apertaram-se as mãos e Lhama saiu da delegacia.
Saiu mas sem rumo. Não queria ir para casa e estava lutando para não ir à casa de Pâmela e decidiu sair da cidade. Aquele ovo de cidade o estava sufocando. Voltou só à noite. Aproveitou para comparar os ingredientes necessários para fazer a galinha e acompanhamento. Colocou o carro na garagem, pegou as compras e levou- as para dentro de casa. Deixou-as sobre a mesa e pegou a ração para dar a galinha só que quando chegou a galinha tinha fugido de novo.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

O Segredo do Panetone

Cap XXIV

Depois de ter levado um fora de Pâmela, Lhama acabou se desviando da investigação. Era tanta coisa acontecendo que acabou indo pra casa pra descansar mesmo sendo quatro horas. Chegou e fez como de costume subiu as escadas e tomou um bom banho e depois desceu para a cozinha pegar um copo de suco e viu que o panetone que Catarina lhe trouxera na noite anterior ainda estava intocado, mas ele não sentiu vontade de comê-lo agora. Foi à sala de estar e ligou a TV, mas não tinha nada passando além de especiais de natal, acabou deixando em um canal onde passava o show de Roberto Carlos e ele estava cantando a música “como é grande o meu amor por você”. Lhama estava tão mal que acabou chorando com a música. No meio da música seguinte já estava dormindo. Acordou no dia seguinte e a casa ainda estava bagunçada deu uma arrumada por cima, guardou o panetone no armário, lavou a louça e estava de saída quando estava passando um caminhão vendendo galinhas mortas e vivas. Lhama decidiu comprar uma viva para matá-la no Domingo quando seus amigos viriam assistir o jogo. Pegou a galinha e colocou-a dentro de uma caixa grande e arejada no quintal deu uns grãos pra ela ciscar e saiu. Foi para a delegacia onde não fez absolutamente nada. Voltou para casa e foi dar ração para a galinha, mas ela escapou da caixa. Lhama ficou procurando, não tinha como ela ter saído de casa era toda murada. Depois de algum tempo ele acha a galinha no armário comendo as sobras de pão que tinham, ele a pegou e colocou de volta para a caixa. Passaram se dois dias desde o natal.

Lhama estava em seu escritório com as pernas na mesa quando foi chamado pelo superior à comparecer em sua sala. Lhama rapidamente se dirigiu ao chefe.

- Sim senhor, deseja alguma coisa?

- Sente-se detetive lhama

Lhama se sentou.

- Sabe, o seu departamento de casos especiais é o que mais vem dando gastos. Soube que o caso de Maurício estava em suas mãos, mas que nos últimos dias não vem tendo muito progresso

- É que eu ando meio parado. – disse lhama cabisbaixo

- Pois não devia. Sua função é resolver o caso por mais difícil que seja e ir atrás de provas sejam elas quais forem.

- Entendo senhor

- Entende mesmo detetive, não me parece. Eu tenho oficiais à sua disposição que poderiam muito bem estar em outro lugar. Tenho recursos que poderiam ser muito melhor gastos em outro departamento

- O problema é que...

- Não quero saber de problemas e sim de soluções. Eu quero esse caso resolvido Lhama e é bom o senhor começar a trabalhar ou então terei que extinguir o departamento e consequentemente te demitir.

Depois da conversa, Lhama foi até sua sala e ficou um bom tempo refletindo sobre o que acabara de ouvir “ o departamento inteiro? Isso é horrível!” pensou lhama, “ isso não pode estar acontecendo, é tudo minha culpa...” . Lhama mais confuso do que nunca, levantou-se e foi a sala do chefe.

- Com licença.

- Entre Lhama, o que quer?

- Eu tomei uma decisão.

O Mistério do Panetone

Capítulo XXIV

Faraco é levado para a sala de interrogação, mas dessa vez, como interrogado. Lhama pede a dois policiais que fiquem de prontidão na porta, caso Faraco tente alguma hostilidade.
- Pode ir abrindo o bico, senhor delegado. – ironiza Lhama.
- Mas eu não sei de nada mesmo!
- Seu mentiroso! Vai dizer que não é você nessa foto?
Faraco fica em silêncio por um tempo.
- Tudo bem, vou abrir o jogo. Quando o Ogro soube que estava sendo procurado pela polícia, ele rapidamente deduziu que algum detetive seria acionado para cuidar do caso. Quando ele soube que você e o Macaco moravam aqui em Andenópolis, rapidamente veio me procurar. Ele me ofereceu uma oferta irrecusável em dinheiro. Em troca, eu o ajudaria a capturar vocês dois durante o período em que vocês estivessem investigando.
- Mas por que o Ogro quer nos capturar?
- Essa é uma pergunta que eu não posso responder, mesmo porque não sei as intenções dele com vocês.
- E o panetone? O que tem de tão especial nele?
- Essa também eu não sei responder. Mas pelo que eu observei quando fui até a casa do Ogro, é algum ingrediente que faz você alucinar.
- Como você sabe que o panetone faz a pessoa alucinar?
- Por que aqueles panetones que o Ralph e o Romero tinham que trazer para cá, eles comeram quando chegaram aqui na delegacia. Começaram a falar coisas muito estranhas; um disse que via pássaros roxos, outro que tinha sapos pulando na sua cabeça. Fiquei sem entender muita coisa; só entendi os efeitos do panetone, mesmo.
- Então Ralph e Romero também estão envolvidos nisso tudo? E onde eles estão agora?
- Bom, depois daquele episódio do panetone, nunca mais os vi.
- Muito bem. Já temos informações suficientes por enquanto.
Ele olha para os policiais e diz:
- Vocês ouviram o que o delegado disse, não ouviram? Ele é um criminoso agora, não vão prendê-lo?
Os policias puxam Faraco pelo braço e o levam para a cela.
- James, Gildo, vamos a São José; temos um macaco para resgatar.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O segredo do Panetone

Cap XXII

- Pode começar - disse lhama intimando.
- Eu não fiz nada de mal ao garoto vê, não o machuquei e não estava a fim de extorquir ninguém
- Então por que do seqüestro?
- O segredo do panetone.
- O senhor já me contou essa história, mas o que o garoto tem a ver com isso?
- Eu acho que está com ele.
- Como assim?
- A receita é passada de geração em geração e não acredito que Maurício tenha deixado de seguir esta tradição
- Mas porque ele deixaria com o filho dele?
- No caso de acontecer alguma coisa, como aconteceu.
- Seria mais sensato deixar com Catarina.
- Não. O segredo é apenas na família ninguém mais. Eu só queria perguntar ao menino onde está
- Pois então. Por que levou o garoto se era apenas uma pergunta
- Ele não me respondeu. Eu tive que fazer alguma coisa.
- Sinto muito, mas vou Ter que prendê–lo
- Não por favor, não faça isso, eu vou falir.
- Sinto muito,
- Não pode fazer isso comigo.
- Posso sim.
- Eu conto pra todo mundo o que aconteceu entre você e a Pâmela.
- Não faria isso...
- Pode Ter certeza.
Lhama parou por um tempo e disse
- Está bem, não vou prendê-lo.
- Ótimo. Você pode dizer que ele estava brincando e que acabou se escondendo aqui enquanto estava dormindo.
- Tudo bem. Vou levá-lo de volta para a mãe, ela está desesperada.
- Faça isso. Até outra hora detetive.
Lhama saiu nervoso segurando o garoto pela mão. O velho ainda tenso com toda aquela situação bateu a porta abriu a geladeira e bebeu uma cerveja.

O Segredo do Panetone

Cap XXIII

Lhama levou o menino à casa de Catarina e contou a história inventada pelo velho. Ela estava tão nervosa que nem percebeu a cara de “estou mentindo” do detetive. Ela agradeceu e ele saiu. Ficou pensado em toda a história dele com a Pâmela depois da conversa com o velho. Ele se lembrou de Pâmela e foi até a casa dela para avisar do velho. Chegando a casa dela, tocou a campainha e ela logo atendeu, mas quando viu quem era voltou para dentro e fechou a porta na cara dele. Lhama insistiu até que ela voltou:
- O que você quer?
- Eu preciso falar com você?
- Fala - Disse Pâmela seca.
- É que com tudo o que aconteceu eu fiquei meio confuso e depois daquela noite, quando amanheceu eu fui à lanchonete do Sr Antônio e falei o que aconteceu para ele...
- VOCÊ O QUE!!?? – gritou Pâmela, irritada. E deu- lhe um tapa no rosto.
Lhama ficou sem jeito, e sentiu na pele a maior estupidez que já fez.
- Eu contei tudo - sussurrou Lhama cabisbaixo.
- Você é um idiota.
- Eu sei. O problema é ele seqüestrou o filho de Catarina
- Esse velho não é flor que se cheire
- Eu encontrei e ia prendê-lo, mas ele usou o que ele sabia de nós para ficar livre
- É pior do que eu pensava
- Eu vim aqui para avisá-la disso. Ele pode usar isso contra nós.
- E o quer que eu faça?
- Acho que poderíamos ficar juntos de uma vez e assumir o que temos. Eu largaria o caso e...
Pâmela interrompeu
- Você é ridículo mesmo. Me usa, me maltrata, me xinga, me deixa numa situação nada confortável e ainda quer que eu fique com você?
- Eu sinto muito se tudo isso está acontecendo, mas...
- Mas nada, disse Pâmela, isso tudo é sua culpa, seu problema. Resolva
E fechou a porta. Lhama ficou ali um tempo esperando que ela voltasse mas não aconteceu e então foi embora.

Receita

Docinho de abacaxi com coco

Ingredientes:
2 xícaras de suco de casca de abacaxi
2 xícaras de residuo de casca de abacaxi
1 xícara de coco ralado
3 gemas
2 xícaras de açúcar
1 colher (sopa) de margarina

Modo de preparo:
Coloque em uma panela todos os ingredientes e leve ao fogo para cozinhar, mexendo sempre até soltar do fundo da panela. Deixe esfriar. Faça docinhos, enrolando bolinhas e coloque em forminhas de papel.

Nutrientes: Vitamina C, Cálcio, Ferro, Fósforo, Potássio, Sódio, Fibra, Cloro e Proteína

Grupo:
Andréia S., Beatriz P., Guilherme N., Letícia L., Rodrigo M., Stephanie C., William H.

O Mistério do Panetone

Capítulo XXIII

Gildo fica impressionado com a conclusão do detetive:
- Mas como você pode afirmar uma coisa dessas?
- É simples. Olha, aqui ele diz que está no Havaí. Esse foi um código que eu e ele criamos quando trabalhamos juntos no nosso primeiro caso. Caso alguém fosse sequestrado, “estar no Havaí” era o nosso código para dizer isso. E depois aqui mais adiante, ele diz que está no sítio de um primo de segundo grau. O tal primo de segundo grau indica a localização do cativeiro. Nesse caso, é um sítio. Só pode ser no sítio que aqueles homens guardam os panetones.
- Nossa, então vamos correndo para lá.
- Sim. Mas, antes, seu filho me disse que você tinha tirado uma foto do sujeito que você viu entrando aquele dia na casa do Ogro. Você pode me mostrar?
- Claro, vou pegar ali na gaveta.
Quando Gildo chegou com a foto, Lhama confirmou suas suspeitas do outro dia: o homem que entrara na casa do Ogro era Faraco, o delegado.
- Eu sabia! Era aquele safado do Faraco o tempo inteiro. Gildo, podemos ir o seu carro?
- Claro. Vou pegar a chave. Vai abrindo o portão.
Os dois partem em alta velocidade para a cidade de Lhama, Andenópolis. Depois de algumas horas dentro do carro, eles chegam à cidade no começo da noite. Eles vão direto à delegacia para encontrar Faraco. Chegando lá, passam direto pela recepção e entram na sala do delegado.
- Lhama?! O que você faz aqui? Você não tinha que estar investigando o caso com o Macaco? – pergunta ele, surpreso e nervoso.
- Sim, eu devia, mas ocorreram alguns imprevistos. E você deve saber do que eu estou falando, não é, Faraco?
- Olha, eu não sei do que você está falando. Eu tenho que ir agora, tenho hora marcada no dentista e...
Faraco, desesperado, sai correndo de sua sala.
- Pare ai! – grita Lhama.
O delegado ao chegar na porta, é barrado por uma grata surpresa para Lhama: era James.
- James, não deixe que esse safado saia!
James rapidamente segura Faraco; Lhama e Gildo o amarram.

domingo, 22 de novembro de 2009

Doce de casca de banana

Ingredientes:

- 1kg de casca de banana
- 1 kg de açúcar
- 1 1/2 xícara de água
- 1 sachê de gelatina sem sabor branca
- Açúcar para passar os doces
- Margarina para untar

Modo de Preparo:

Trabalhar com as cascas como nos outros doces. Levar para a panela o purê, juntar o açúcar e deixar cozinhar, mexendo sempre. À parte, hidratar a gelatina com a 1/2 xícara de água restante. Quando o doce estiver quase pronto, colocar a gelatina hidratada e deixar voltar ao ponto mexendo sempre para não queimar. Quando soltar da panela, retirar do fogo e colocar em um recipiente untado com margarina. Deixar esfriar e colocar na geladeira até o dia seguinte. Depois, cortar em pedaços e passar no açúcar.

O Mistério do Panetone

Capítulo XXII

Macaco fica furioso e parte para cima do Ogro. Porém, os capangas seguram o primata.
- Bom, eu vou ali tomar um chá. E você, fique ai sentadinho, seu macaco. Saiba que você acaba de forjar a sua morte e do seu amigo Lhama.
Ogro e os homens saem do celeiro. Ele tinha em mente capturar Lhama quando estivesse voltando para sua casa e então matá-lo. Macaco fica com um olhar vazio e não sabe como agir. Tenta desesperadamente sair pela janela, mas era muito pequena para que ele conseguisse passar. Sem saída, ele chora recolhido num canto.
Após horas de viagem, Lhama desce do ônibus em Petrópolis e caminha lentamente até a casa de Gildo. Chegando lá, encontra o velho na varanda de sua casa lendo o jornal.
- Lhama, que surpresa a sua vinda. Pensei que demoraria mais um ou dois dias para vir a Petrópolis. Está com uma expressão abatida. O que aconteceu?
- Ah, Gildo, muitas coisas aconteceram. Macaco e eu saímos do caso. Aliás, nós não somos nem mais amigos.
- Nossa, conte-me mais sobre isso. Como tudo isso aconteceu?
Após muitas explicações, Gildo consola o amigo:
- Poxa, sinto muito por você. Aliás, acho estranho você me contar tudo isso, pois hoje de manhã chegou uma carta para você, e é do Macaco.
- Uma carta do Macaco para mim? Mas por que ele mandou para a sua casa?
- Bom, eu também não faço a mínima idéia. Abra a carta, leia o que está escrito.
Lhama abre e lê a carta, que dizia: “Lhama, estou aqui no Havaí. Não se preocupe comigo, estou num sítio de um primo de segundo grau. Só estou escrevendo para dizer que nunca mais quero olhar na sua cara, e que nossa amizade acabou. Espero nunca mais cruzar com você na rua.”
- Oh, não!
- Meus pêsames, Lhama. Não deve ser fácil perder uma amizade assim.
- Não é nada disso. O Macaco foi sequestrado!

sábado, 21 de novembro de 2009

Geléia de casca de frutas

Ingredientes:

2 cascas de maçã
2 cascas de goiaba
2 cascas de pera
1 xícara de chá de mamão
3 xícaras de chá de água
8 colheres de chá de açúcar



Modo de preparo:

Coloque em uma panela, 2 xícaras de chá de água, e as cascas de maçã, pera e goiaba. Deixe ferver até amolecer e reserve. Em outra panela, coloque as cascas de mamão com uma xícara de chá de água e deixe ferver até amolecer. Após o cozimento despeje a água e a casca de mamão no liquidificador, batendo até formar um purê. Em uma panela, misture o purê de frutas com açúcar e deixe cozinhar até atingir o ponto de geléia.

Valor Calórico da porção: 47,98 kcal
Rendimento: 15 porções
Tempo de preparo: 40 minutos

Felipe Braz de Lima Nº10

O Mistério do Panetone

Capítulo XXI

O Ogro se aproxima do Macaco, que se encolhe no canto.
- Pra que o medo, detetive? – pergunta o Ogro.
- O que você quer de mim?
- Cala a boca! Você pode no máximo ficar quieto. Eu faço as perguntas aqui. Você vai ser um bom macaquinho a vai responder tudo direitinho.
- E se eu não responder?
Ogro saca uma arma e diz:
- Tenho certeza que você responderá, não é mesmo?
- Tudo bem, eu respondo.
- Muito bem. Eu prometo a você que depois que você me fizer um favorzinho eu deixarei você ir embora. O que eu realmente quero não é um primata, e sim uma lhama. Aliás, eu fiquei sabendo que vocês andaram brigando, não é mesmo? Olha só, não seria legal se você fizesse ele pagar dessa forma?
Macaco fica mudo.
- Vamos lá, eu só quero que você escreva uma carta dizendo que está fora da investigação e que não quer nunca mais ver a cara dele. Depois disso, um dos meus homens vai te levar para a cidade e te libertará.
- Está bem, só me de um pouco de tempo para pensar no que escrever.
O Ogro e os homens saem do celeiro. Macaco fica sozinho novamente, com uma caneta e um papel. Após escrever a carta, ele grita para que alguém ouvisse o seu chamado. Ogro entra novamente no celeiro com um de seus capangas.
- E então, já escreveu?
- Sim. Olha, eu disse ai na carta que estou no Havaí para que ele não me procure.
- Bem pensado, Macaquinho. Você está me saindo melhor do que o esperado.
- Mas como você vai entregar essa carta a ele? Eu não faço idéia de onde ele esteja.
- Isso não é problema. Um dos meus homens andou vigiando ele. A Lhama nesse momento está na rodoviária, esperando pelo ônibus que o levará até Petrópolis. E, pelo que meus homens me informaram, a única pessoa que vocês conhecem em lá é o senhor Gildo e seu filho, não é mesmo?
Macaco fica sem reação.
- Pois então, um de meus homens está indo agora levar essa carta até a caixa de correio do velho.
- Tá, eu já fiz tudo o que você pediu, agora me leve de volta à cidade.
Ogro solta uma risada e diz com um largo sorriso no rosto:
- Você pensou mesmo que você ia ser libertado? Que Macaco inocente.

O segredo do panetone

Cap XXI

- Olá sr Antônio, estou procurando pra saber se sabe de algo a respeito do seqüestro do filho de Maurício.
- Ah... É sobre isso, é eu fiquei sabendo de algumas coisas sim, mas nada que possa lhe ajudar afinal o moleque sumiu faz pouco tempo e ninguém ficou sabendo, o negócio é esperar pra ver se alguma coisa acontece.
- É acho que sim. Posso te perguntar mais uma coisa?
- O que?
- Por que o senhor fechou sua lanchonete tão cedo e justo no horário de maior movimento?
- Ora, a lanchonete é minha. Eu faço o que eu quiser com ela, estou certo?
- Sim, mas, deve ter algum motivo...
- Motivo nenhum eu simplesmente fechei. Eu... Eu estava cansado e resolvi fechar, por que a pergunta?
- Eu achei estranho, muita coincidência.
- O que o senhor está sugerindo...?
- Nada, apenas achei que o senhor...
- O que?
- Parece-me que está muito nervoso com algo, e o senhor não me parece do tipo de pessoa que fecharia o comércio apenas para descansar.
- Eu não lhe devo satisfação de nada da minha vida. Se eu fecho é por que eu quero e se estou nervoso não lhe diz respeito. Se o senhor puder me dar licença eu preciso entrar, tenho outros assuntos a tratar.
- Poderia me dizer que assuntos são esses?
- Não. E vá embora. Está me chateando.
- Certo, eu vou. Mas que fique claro, eu estou te achando um tanto diferente, e agora, isso não é bom.
O velho se virou e bateu a porta. Lhama ficou mais um pouco parado sem entender muito bem o que tinha acabado de acontecer e foi saindo. Mas algo lhe prendeu a atenção. Um som. E vinha da casa do velho. Parecia... “Parece choro de uma criança” pensou Lhama. Voltou-se para a casa. O som cada vez mais forte, sem dúvida era uma criança chorando. “Será que o velho é mesmo o seqüestrador? Não pode ser, porque ele faria alguma coisa dessas?” Bateu na porta várias vezes.
O velho gritava:
- Saia daqui! Seu detetive inútil! Vá cuidar de sua vida!
Lhama conseguiu arrombar a porta e lá estava. A criança sentada no sofá junto do velho que desesperado começou:
- Eu posso explicar. Eu juro.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O segredo do Panetone

Cap XX

Lhama estava confuso com tudo aquilo e por mais que tentasse não conseguia esquece-la. Acabou indo no mesmo dia à delegacia para dar continuidade ao caso. Chegando lá ele recebe a notíca de que o filho de Maurício fora seqüestrado. Tinha tanta coisa acontecendo que ele começou a se atrapalhar, perdeu o foco e já não estava tão concentrado. Decidiu então ligar para Catarina para saber o que realmente aconteceu. A mãe estava desnorteada, completamente desesperada. Lhama a acalmou e pediu para que lhe contasse exatamente o que aconteceu.
- Eu havia ido à casa de meus pais para comemorar o natal logo depois de ter ido a sua casa. Passei a noite lá e voltei com o meu filho no dia seguinte de manhã. Eu tinha que ir ao supermercado comprar algumas coisas pois desde a morte de meu marido eu só tenho comido fora, o pequeno estava cansado da noite anterior e ficou dormindo enquanto eu fui fazer compras. Quando voltei a porta de casa estava semi-aberta e meu filho havia sumido. Procurei em todos os cantos desta casa, perguntei aos vizinhos se não tinha visto algo ou talvez estivesse com seus filhos brincando em algum lugar.
- Ninguém soube te responder ?
- Não, ninguém sabe de nada ou viu nada. Por favos detetive, eu te imploro, o meu filho é tudo o que me resta agora. Você precisa encontrá-lo
- Eu vou fazer o possível, seu filho não deve estar longe. Já enviei uma equipe de busca pela cidade para procurá-lo e eu vou atrás de pistas que nos leve à alguma resposta.
- Muito obrigado detetive, não sei como agradecer por tudo o que está fazendo.
- É apenas o meu trabalho - disse friamente tentando evitar qualquer interpretação contrária.
Lhama saiu da casa e foi logo em busca de respostas. Conversou com os pais e colegas da escola. Foi em cada comércio e à rodoviária, caso o garoto tenha tenado fugir mas, nada encontrou. Pensou logo “Vou atrás do velho, quem sabe ele não viu alguma coisa.” E foi até a lanchonete do velho. Ao chegar encontrou-a fechada.
“Estranho” – pensou Lhama “Ainda hoje estava aberta, por que fechar no horário de maior movimento?, Vou até sua casa”. Quando chegou, viu a janela meio aberta e a porta estava trancada. Bateu palmas para chamar o velho mas ninguém atentendeu. Tentou mais algumas vezes mas ninguém saiu. Quando estava se virando para ir o velho apareceu, um poco estranho e nervoso:
- O que o detetive quer comigo?

O Mistério do Panetone

Capítulo XX

Macaco é acordado pelo sol que entrava pela janelinha e batia em seu rosto. Não ouvia a voz de ninguém e nenhum barulho vindo de fora do celeiro. Ele pensa que todos deviam estar dormindo ou saíram para algum lugar; e estava certo: pela manhãzinha, três dos homens saíram com o carro e o resto continuava a dormir.
Na cidade, Lhama estava muito aflito e indeciso. Aflito pois não sabia do paradeiro de seu não tão mais amigo Macaco; indeciso pois não tinha certeza do seu futuro no caso; não sabia se continuaria ou se deixaria todo o seu esforço para trás. Além disso, sem seu companheiro o ajudando, as coisas seriam muito mais difíceis. Depois de refletir sobre toda a situação, foi conversar com James:
- James, receio que seus serviços já não sejam mais necessários. Pode pegar o carro e voltar a sua casa; diga ao delegado Faraco que eu agradeço muito a ajuda de vocês, e que assim que voltar direi isso pessoalmente.
Desanimado, James responde:
- Tudo bem. O senhor vai ficar por aqui?
- Não. Voltarei à minha cidade para continuar com a minha vidinha, mas antes passarei em Petrópolis para conversar com Gildo e Gilderson. Não precisa me levar até lá, eu vou de ônibus. Foi muito bom trabalhar com você. Cuide-se.
James arruma suas malas e sai calado do hotel; Lhama o observa sentado em sua cama sem dizer mais nenhuma palavra. Para ele, o caso todo havia acabado ali, assim como sua amizade com Macaco. Pensou que seu antigo companheiro havia voltado para sua casa. Porém, estava muito enganado.
No sítio, Macaco começa a ouvir o barulho do motor do carro: eram os homens voltando. Eles abrem o celeiro e a porta do carro se abre, um homem desconhecido para Macaco sai do veículo. Ele anda em direção ao primata, que treme de medo. Após observar o desconhecido, Macaco só consegue chegar a uma conclusão: era o Ogro.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O Segredo do Panetone

Cap. XIX

Lhama estava confuso, já não sabia mais o que pensar. Seus pensamentos tomavam direções diferentes em instantes de segundos, queria acreditar que a intenção de Pâmela não era aproveitar-se dele e sim aproveitar com ele, mas tudo o fazia crer que ela tivera esta intenção.
Lhama voltou pra casa, não conseguia comer nem beber, sua mente estava totalmente bagunçada. Estava realmente encantado com aquela mulher, a principal suspeita do caso, sabia que sofreria muita pressão quando o seu superior soubesse do caso, sabia que aquilo lhe traria inúmeros problemas, não somente os transtornos que estava vivenciando agora, mas problemas sérios em termos profissionais.
Já estava cansado de tudo isso, ele sabia o que precisava fazer, e o faria, tiraria Pâmela da cabeça, pensaria agora apenas no caso. Se dedicaria a isso, e o resolveria o mais rápido do que qualquer pessoa poderia imaginar.
Já sentado no sofá resolveu ligar a TV, passava um filme de natal, o que já era de se esperar devido a data.
Lhama não apreciava mais o Natal, achava a data melancólica. O fazia lembrar-se da infância dos momentos difíceis, mas bons que passou com os pais e os irmão, era um garotinho arteiro sempre aprontava muito durante todo o ano, exceto claro enquanto acreditava em papai Noel, quando se comportava apensas quando a data estava próxima, pois acreditava que somente assim receberia os presentes. Nunca recebera o que pedira em suas cartas, mas a data nunca passava em branco, seus pais se esforçavam ao máximo para nunca lhe faltar nada, e nunca lhe faltou.
Perdido em seus devaneios, em lembranças da infância não viu a hora passar, despertou apenas quando ouviu o toque da campainha.Levantou-se sobressaltado e foi atender a porta, tomando um enorme choque ao abri-la .
Era Pâmela, estava usando um vestido florido e delicado, que lhe dava um ar angelical. Trazia nas mãos uma torta.
- A fiz pela manhã. É pra você!
Ela trazia no rosto o sorriso que iluminava todo o seu rosto. Provavelmente com total certeza de que conseguira o que queria. Neste instante Lhama não agüentou e tratou a disparar acusações.
- O que esta fazendo aqui? – Disse no tom mais frio e seco que conseguiu.
- Vim lhe trazer a torta – Respondeu a moça humildemente, sem entender o porquê de tanta hostilidade.
- Pois pode voltar para sua casa, e levar a torta com você.
- Não te entendo, depois de tudo que aconteceu...
- Pois o que aconteceu foi um engano... Pensas que não sei qual era o seu real objetivo? Sei bem que queria apenas tirar teu nome da lista de suspeitos, e dormir comigo seria o caminho mais curto, não é mesmo?
- Mas...
- Não há mas... quero que saibas que continuarei com a investigação assim que passar o feriado, e que a Sra. continua em minha lista. Passar bem – disse por fim fechando a porta na cara da moça.

Capítulo XIX O Mistério do Panetone

Macaco anda sozinho, sem destino, pela rua escura. Não sabe para onde ir, não sabe se quer viver. A cena que presenciou há alguns minutos foi muito forte para o seu coração primata. Atrás dele, os dois homens que antes o observavam agora o seguiam. Entretanto, a tristeza do detetive era muito grande para deixar que ele percebesse qualquer presença de qualquer pessoa à sua volta. De repente, os sujeitos abordam Macaco. Eles o empurram para um beco e socam seu estômago. O detetive ainda tenta reagir, mas toma um chute na testa, que fica com a marca da sola do sapato do bandido. Ele começa a sentir tontura; os homens amarram seus braços e pernas e colocam um saco de pano em sua cabeça. Rapidamente, um terceiro bandido chega dirigindo uma Kombi. Os dois homens que estão na rua jogam o Macaco para dentro do carro e entram em seguida. Para não sofrer mais nenhum ferimento, Macaco finge estar desacordado. Os homens cutucam seu braço e ele não faz nenhum movimento:
- Está desmaiado. – concluem.
Um dos passageiros pega seu celular e faz uma ligação; Macaco, que finge estar inconsciente, ouve toda a conversa:
- Já estamos com o detetive no carro e vamos levá-lo ao lugar combinado. Aguardaremos a sua chegada amanhã.
Macaco fica muito apreensivo: não sabe para onde e nem para que esteja indo; não sabe se vai morrer ou apenas torturado. Finalmente o carro para. Os três homens puxam Macaco para fora do carro e o levam até um lugar. Ele ainda se faz de desacordado. Eles tiram o capuz de sua cabeça e saem em seguida. Macaco abre os olhos; não consegue enxergar nada. Porém, conforme sua visão vai se acostumando, ele tem uma grande surpresa: o local era o celeiro que ele, Lhama e James investigaram durante a semana. Ele tenta se desamarrar, mas as cordas estavam muito apertadas e os nós muito bem dados. Após muitas tentativas, Macaco desiste. Ele estava muito cansado para continuar e logo adormece.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O Segredo do Panetone

Cap XVIII

Entrando na cozinha foi até a geladeira. Não havia praticamente nada ali, apenas algumas latas de cerveja uma garrafa de água e uma pizza velha, nem se lembrava quando fora a ultima vez que havia ido ao supermercado.
Sem fome pegou apenas um copo d’água e voltou a sala. Tentando não pensar em Pâmela finalmente adormeceu.
Levantou cedo na manhã seguinte e com uma intensa dor de cabeça. Tinha fome, resolveu ir comprar algo para comer, procurava se esforçar ao máximo para não se lembrar da noite anterior.
Fazendo esforço para manter a mente vazia nem percebeu a que lugar os seus pés o levara. Se fora por conhecidência ou não estava parado na frente da lanchonete do Sr Antônio, que apesar de vazia estava aberta. Resolveu entrar e sentar-se o próprio velho veio atendê-lo
- A que devo a honra Sr detetive? – perguntou – tão cedo fora da cama em um dia como o de hoje, e olhe só, você esta horrível.
- A sim Sr Antônio, tive uma noite e tanto, não dormi nada.
- Se quiser conversar – ofereceu-se o velho já sentando na cadeira em sua frente – Provavelmente não vira ninguém aqui tão cedo.
Sem se dar conta Lhama já estava contando tudo ao velho. Contou que Catarina fora a sua casa e como resistira a ela, contou como encontrou Pâmela e até que ponto chegaram.
- Sexo com um dos acusados do crime Sr detetive? Como pode?
- Ah, venho até aqui abrir-me com o Sr, contar-te minhas preocupações e o Sr acusa-me?
- Será que não percebes o que ela quer?
Lhama confuso não responde, não sabia onde o velho queria chegar.
- É obvio que estava naquele bar para afogar a culpa e não a solidão, e por ironia do destino encontrou com o Sr e aproveitou-se da situação. Sou capaz de apostar que ela o embebedou e estava totalmente sóbria.
- O Sr acha mesmo que...
-Tenho certeza, sendo filha de quem é não se pode esperar algo melhor. E com o perdão da palavra – o velho aproximou-se mais de Lhama- Pâmela sabe que é uma mulher ‘gostosa’, sabe que o conseguiria com facilidade. E não é que o Sr caiu na lábia dela?! Impressiona-me a sua atitude. Sempre soube que era um paspalho bobalhão, mas até ai, deixar-se cair na conversa daquelazinha...
Um turbilhão de coisas começou a passar pela cabeça de Lhama, sem querer ouvir mais nada se levantou, e quando já estava a se retirar lembrou-se de pagar o velho tirando da carteira uma nota da qual nem viu o valor, sabia que se fosse menor o preço, o velho reclamaria.
-Pelo beirute que me serviu outro dia desses.
- Um segundo e trago-lhe o troco – respondeu o velho
- Nem por isso, que fique de cortesia pela conversa – e Retirou-se
O que o velho dissera tinha total e absoluta razão, era aquilo que Pâmela queria, ela era a principal suspeita, tinha antecedentes e fora a única presente no momento em que o crime aconteceu.
Ela queria confundi-lo, queria tirar seu nome da lista de suspeito, mas conseguira exatamente o contrario.

O Misterio Do Panetone

Capítulo XVIII

O detetive primata estava abalado, furioso, triste, enfim, em toda sua vida, ele nunca presenciara uma cena como aquela. Lhama percebe o Macaco deixando o cômodo e vai atrás dele:
- Macaco, espere! – pediu Lhama.
- Não tenho nada para falar com você, Lhama. Deixe-me ir.
- Mas eu realmente não queria que aquilo acontecesse. Ela que me agarrou e...
- Chega, Lhama! Eu vi o que aconteceu, não preciso das suas explicações agora. Você sabia de tudo o que eu sentia por aquela mulher e traiu a nossa amizade.
- Eu juro que não sabia.
- Como não? Estava na cara!
- Posso ser um detetive, mas lhamas não são tão perspicazes nesse quesito.
- Bom, agora não me importa, estou de cabeça quente. Vou embora, não me siga.
Macaco sai da festa com os olhos marejados. Lhama volta à sala e senta num canto. Mara vem em sua direção:
- Desculpe-me, Lhama, eu não queria que isso tudo acabasse assim. O Macaco podia ser um grande amigo meu, mas para mim não passava de amizade.
- Mara, não quero ser grosseiro, mas agora não estou com pique para conversar. Deixe-me sozinho.
Lhama fica estático por alguns minutos. Seu olhar vago denunciava que sua amizade com Macaco estava indo por água abaixo. Sua outra preocupação era o caso do tráfico de panetone; sem Macaco as investigações ficariam mais difíceis. James percebe o abalo de seu companheiro e tenta ampará-lo:
- Lhama, eu sei que você quer ficar ai sozinho, mas vamos voltar ao hotel; lá você pode descansar melhor.
- Sim, acho uma boa idéia. Será que deveríamos ir atrás do Macaco?
- Sinceramente, receio que seja melhor deixá-lo sozinho esta noite.
Os dois levantam e caminham para o hotel.
A poucas quadras dali, dois homens observam Macaco andar pela rua. Um deles imediatamente faz uma ligação:
- Senhor? O detetive Macaco está andando sozinho e parece muito triste. Devemos agir agora?
- Sim, peguem ele.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O Segredo do Panetone

Cap XVII

Chegando em casa se jogou no sofá e ligou a TV. Era madrugada do dia vinte e cinco de dezembro e não estava passando nada que prestasse, então desligou a televisão e tentou dormir.

Ficou naquele sonhar acordado. Não conseguia parar de pensar no que tinha acontecido naquela noite. Como pudera ser tão fraco? Pouquíssimo tempo antes Catarina havia ido até a sua casa e ele resistira a ela. Por que não conseguira resistir a Pâmela?

Tá, era fato que Pâmela o havia interessado desde que colocou os olhos nela, mas Catarina também não era de se jogar fora, era uma mulher e tanto, branca de cabelos louros e longos um corpo torneado e estava realmente atraente dentro daquele vestido vermelho. Por que resistira a ela e caira nos braços de Pâmela?

E por que estava pensando por qual motivo resistira a uma e não a outra sendo que o seu real problema fora ter sido fraco? Ele deveria ter resistido às duas. Um detetive em meio a uma investigação indo pra cama com um dos envolvidos no caso, aquilo era anti ético, sentia vergonha de si por ter chego onde chegou. E o pior sentia raiva de si por ter gostado da noite e no fundo não conseguir se arrepender nem um pouco do que acontecera.

Os momentos ficavam lhe vindo à mente a cada instante, e ele não conseguia resistir ao impulso de relembrá-los em sua memória. Chegara ao bar já um pouco bêbado, sentara, conversaram, riram e choraram. Entenderam-se muito bem, a solidão dos dois juntamente com tudo que beberam, não poderia ter dado em algo diferente. Tivera uma noite maravilhosa, uma noite como jamais tivera antes e agora só conseguia pensar em como queria aquela mulher em seus braços sempre, em todos os momentos, não somente à noite, queria rir e chorar com ela, queria conversar e brincar, queria ir dormir e poder acordar olhando para aquele rosto sereno todos os dias.

Assustado com seus pensamentos levanta-se do sofá e resolve preparar algo para comer. Na verdade não estava com fome, mas pensar em Pâmela não era uma boa opção. Não poderia ele dar-se o luxo de se apaixonar.

Não ele. Não por ela.

Misterio do Panetone

Capítulo XVII

Oito da noite: os detetives e o motorista chegam à casa de Mara. Macaco rapidamente entra na casa e olha para os lados como se procurasse por alguém. Era evidente que não sossegaria até encontrar a dona da festa. Até que finalmente, depois de procurar nos dois andares do sobrado, ele a encontra no jardim:

- Olá, Macaco. Que bom que veio!

- Mas é claro que eu não perderia a festa. Aliás, estou gostando muito do ambiente.

- Obrigada. O Lhama e o motorista de vocês vieram também, né?

- Ah, o Lhama... Sim, ele e o James também vieram. Devem estar por ai comendo e bebendo. Mas não vamos falar deles, não. Vamos conversar sobre outras coisas.

Macaco estava embasbacado com aquele momento. Aonde quer que Mara fosse ele ia atrás, e como eram muito antenados nas notícias, puderam conversar sobre tudo: futebol, política, economia, viagens, música, culinária, animais, enfim, jogaram conversa fora por mais de horas. Entretanto, Mara viva dando umas olhadas para os lados, como as de um Macaco que procura uma garçonete numa festa:

- Está procurando alguém? – pergunta Macaco, curioso.

- Sim, queria dar um oi para o Lhama. Estamos conversando há duas horas e não tive a oportunidade de cumprimentá-lo. Acho que vou procurar por ele.

Macaco, com cara fechada, responde:

- Tudo bem. Eu vou ao banheiro, depois encontro com você por aqui.

Mara não teve muito trabalho para achar o outro detetive. Bastou entrar na sala e lá estava ele, parado e encostado na parede com um copo na mão.

- Olá, Lhama. Que bom que veio.

- Sim, estava curioso para ver como seria e com certeza não estou arrependido de ter vindo.

- Fico feliz em saber.

Mara parece querer falar algo que está entalado em sua garganta:

- Está tudo bem mesmo, Mara? Parece que está hesitando em falar algo.

- Sim. Na verdade eu queria te dizer uma coisa desde aquele dia que vocês apareceram na cafeteria. Na verdade quero te mostrar, e não dizer.

Mara abraça Lhama e o beija. Macaco, que estava de saída do banheiro vê a terrível cena. Ele fica sem reação por alguns segundos e depois toma o rumo da porta de saída.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O Mistério do Panetone

Capítulo XVI

No dia seguinte após a perseguição do homem e da descoberta do sítio, Lhama conversa com Gilderson, por celular:

- Tem certeza Lhama?

- Certeza absoluta, Gilderson. Um sítio em São José, é para lá que eles levam os panetones daquele depósito. Estavam todos encaixotados e etiquetados. E dentro da casa ao lado estavam mais de vinte homens vestidos da mesma forma, como se aquela roupa fosse os seus uniformes.

- Incrível descoberta, detetive Lhama. Fico muito contente em saber que você está tendo sucesso nas investigações. Nesse ritmo, logo desvendaremos o mistério todo. O delegado Faraco te ligou? Ele te mandou os resultados da pesquisa dos ingredientes do panetone que você pediu a ele?

- Pois é, estou esperando a ligação do Faraco até hoje. Ele anda sumido ultimamente.

- Entendo. Bom, tenho que voltar ao trabalho. Até mais Lhama, boa sorte aí em São José; estamos aguardando a sua volta a Petrópolis.

Lhama desligou o celular empolgadíssimo. Entretanto, não imaginava que pelos próximos dias não descobriria nada. Naquele dia e pelos próximos três, ele, Macaco e James voltaram ao depósito para ver o destino das caixas, mas não havia nenhum movimento diferente. Os panetones somente chegavam ao sítio; nenhuma das caixas saia do celeiro. Foi a mesma rotina pelos quatro dias: acordar cedo, comer na cafeteria onde Mara trabalhava e investigar a rotina do sítio; voltar à cidade, almoçar e novamente investigar o sítio até o pôr-do-sol.

- Pelo jeito nossa onda de descobertas acabou. Nada de diferente acontece. Nada! – lamenta-se Macaco

- Calma Macaco, tenha paciência, alguma hora nós descobriremos algo novo.

- Tudo bem, Lhama. Mas devo te lembrar que hoje temos que voltar um pouco mais cedo. À noite, temos a festa da Mara para irmos, e essa eu não perderei por conta desses panetones.

- Como se a Mara fosse mais importante do que a investigação, né, Macaco?

- Pois para mim é.

Depois do pequeno desacordo, Lhama e Macaco passaram o dia sem se falarem direito.

Eram sete da noite e eles estavam se arrumando para irem à festa. Os detetives ainda não se comunicavam decentemente, o que desgastava um pouco a relação dos dois.

- Lhama, ao chegarmos lá, cada um vai para o seu canto. Não vou ficar ao seu lado o tempo todo. Fique com a chave do quarto, pois provavelmente voltarei mais tarde.