segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O Segredo do panettone

Capitulo XXX


Lhama foi ao supermercado comprar carvão e outras coisas para o churrasco de amanhã era ano novo e tinha jogo, perfeito, mas naquele momento ele preferia mil vezes estar com a Pâmela. Passou no caixa e pagou, colocou as coisas no porta malas e foi para sua casa. Ele guardou as coisas, arrumou a casa e limpou tudo. Depois tomou um banho longo e demorado e foi dormir tendo o cuidado de ativar o despertador para acordar cedo e Ter tempo de preparar as coisas e receber o pessoal. Acordou por volta das 10h, fez umas saladas, arroz e foi esquentando a churrasqueira, por volta do meio dia alguns amigos já haviam chegado inclusive o Robson com as carnes. Fez-se a rodinha em volta da churrasqueira e conversaram sobre tudo. O tempo estava bem quente e enquanto as bebidas ainda não estavam bem geladas foi servido refrigerante mesmo. A festa estava bem animada, a cerveja estava rodando e a carne estava saindo, tinha por volta de umas 15 pessoas lá. O jogo começou e estavam todos satisfeitos, a churrasqueira havia sido apagada e havia ainda uns abacaxis para pegar o calor restante e comer assado depois. O abacaxi estava uma delícia, suculento e docinho. O jogo acabou, alguns foram embora comemorar com a família o resto da data, outros ficaram mais um pouco mas logo foram embora também. Era 10 horas da noite quando o último saiu. Lhama estava cansado e ainda tinha que arrumar toda a bagunça, mas não estava com pique.depois de tomar um banho limpou o grosso da sujeira e deitou na cama olhando para o teto sem sono. Ele estava pensando na Pâmela. Ficou lá não se sabe por quanto tempo...até que decidiu ir à casa de Pâmela. Vestiu-se, pegou o carro e foi.não demorou muito, Lhama ficou uns minutos no carro para criar coragem abriu a porta do carro e andou devagar até a porta, bateu três vezes ela abriu a porta eles ficaram um tempo se olhando
- Desculpa...
Ela o agarrou deu-lhe um beijo
Afastou-se um pouco e disse:
- Esse meu fetiche por detetive é incontrolável - e puxou lhama pra dentro

Um ano depois...

-Estão batendo na porta amor você pode atender?
-Claro meu anjo
Lhama abriu a porta da casa, era o correio, trazia uma caixa com um recadinho, lhama agradeceu e fechou a porta, Ed já estava vindo curioso para saber o que era. Lhama abriu era uma caixa de panetone Bauducco, e um recado do velho Antônio “ creio que conheça essa marca... aproveite “
Lhama sorriu
- Pâmela é um presentinho do velho senhor Antônio...
- Aquele velho... me causou tantos problemas, não sei por que ainda fico animada quando recebo notícias dele.
- Apesar de tudo é gente fina.
- Eu preciso ir, tenho uma audiência com o juiz pra acabar com essa questão da adoção do Ed.
- O garoto ta cada vez maior e parecido com o pai. Será que herdou os dotes culinários?
- Quem sabe...
- Eu vou deixá-lo na escola e vou dar uma passadinha no beirute do Robson certo ?
- Tudo bem, depois você vai para o trabalho
- Sim
Eles se beijaram e saíram.

O Mistério do Panetone

Capítulo XXX

- Não vai dizer que você vai querer fugir correndo agora, né? – ironiza Lhama.
O Ogro estava nervoso e não sabia como agir. Gildo, escondido liga para seu filho:
- Gilderson? Preciso que ligue para o delegado daqui de São José e peça para que ele mande reforços. Conseguimos achar o esconderijo do Ogro.
Gildo explica para seu filho como chegar ao sítio e encerra a ligação. Neste instante, cerca de vinte dos capangas chegam à porta e sacam suas armas, rendendo-os:
- E agora, Lhama? Pensou que ia vir aqui, resgatar o Macaco e ir embora? Você acaba de antecipar a morte de vocês! Quanto ao motorista e o velho... Se vocês quiserem podem ser meus escravos. Se não estiverem de acordo, já podem avisar agora que eu faço a gentileza de vocês terem o mesmo fim de seus amiguinhos. – diz o Ogro
- Eu nunca serviria nem um copo de água para você. – retruca Gildo.
- Bom, já que é assim... Meus caros, atirem. – ordena o Ogro
Os capangas preparam o tiro e apontam. Lhama, Macaco, James e Gildo tremem mais que vara verde. Eles fecham os olhos e ouvem os disparos simultâneos. Macaco abre os olhos e pergunta a Lhama:
- Aqui é o céu?
- Não. Eles não atiraram em nós. Olhem atentamente a frente de vocês.
Eles começam a observar e vêem os capangas do Ogro caindo mortos. Atrás deles estão os policias de São José que Giderson havia enviado no momento em que Gildo fez a ligação.
- Mas como eles chegaram aqui de repente? – surpreende-se James.
- Eu liguei para meu pai e pedi para que ele enviasse alguns policias daqui de São José. Por sorte eles chegaram a tempo. Se não teríamos partido dessa para melhor.
O policial que comandava a operação ordena que o Ogro saia do celeiro com as mãos para o alto. Ele é algemado e colocado na viatura que logo partiu.
- Vamos voltar para Andenópolis, Macaco e James. Gildo, não sei como te agradecer, você salvou nossas vidas.
No dia seguinte, Lhama foi à delegacia para contar das descobertas para o novo delegado da cidade. Foram horas depondo. Após muito falar ele sai da delegacia e, ao por o pé na rua, uma multidão o aguardava. Num coro único, eles saúdam Lhama e gritam:
- Óóóó o Lhama!

domingo, 29 de novembro de 2009

O Segredo do Panetone

Cap XXIX

“Olá detetive, deve estar surpreso com essa carta mas eu não conseguiria partir sem te explicar os motivos e deixar minha consciência limpa sabendo que o senhor já não duvidará de mim quando terminar de ler.
Gostaria de esclarecer que não foi minha intenção o incêndio na fábrica, apenas aconteceu de eu estar fumando no lugar e hora errada e sem prestar atenção deixei cair minha bituca perto de um barril com uma substância que até agora não sei o que é mas que acabou inflamando e explodindo tudo, creio que em poucas horas será notificado de tudo isso e ainda saberá que substância era essa.
Sei que Catarina é culpada do assassinato de Maurício, e sei que ela o fez pois ela queria o segredo do Panetone já que seu marido nunca lhe revelara tal coisa, acredito que a essa altura o senhor também já sabia.
Preciso ser sincero, sempre achei que a culpada era Pâmela, mas depois que eu conversei com o filinho de Maurício descobri quem era a mente por trás de tudo.
Não escrevo para te contar do culpado pela morte de Maurício isso o senhor deve saber, mas conto que o segredo existe e descobri onde estava. Só para sanar sua curiosidade o segredo estava com o menino mas ele mesmo não sabia disso. Deve estar se perguntando onde, pois eu respondo, estava no braço perdido do macaco de pelúcia que o garoto carregava para cima e para baixo, o braço ficava guardado na fábrica dentro de uma gaveta trancada. Eu consegui pegar e você não vai acreditar qual é o ingrediente secreto...
É claro que eu não vou te contar, seria ridículo, mas agora saio da cidade para que com essa mina de ouro que tenho nas mãos eu venha a ser rico e todos conhecerão minha marca. Posso te deixar o segredo do meu beirute e se quiser ficar com minha venda ela é toda sua, sinceramente você não é bom detetive.
Me desculpe por tudo que eu te fiz

Prometo te mandar um panetone assim que tiver me estabilizado
Até a vista

Antônio Bauducco. "

Lhama sorriu feliz de ter tudo esclarecido “ tenho que admitir, o velho é bom, melhor que eu! “ pensou.
Não saiu do carro, ao invés disso ligou e saiu.

O misterio do panetone

Capítulo XXIX

Lhama encara o Ogro, mas por dentro sente um pouco de medo:
- O que você quer conosco? Não fizemos nenhum mal a você.
- Ah, caro detetive, fizeram sim. Aliás, não só um mal, mas dois.
- E quais foram? Conte-me, pois não sei do que se tratam.
- O primeiro foi querer estragar o meu negócio...
- Mas que raios de negócio é esse? Isso que você faz é crime!
- Cala a boca, sua Lhama! Eu ainda não terminei de falar. Como eu ia dizendo, você quer estragar o meu negócio dos panetones, e isso me chateia um pouco – ironiza o Ogro.
- E o outro motivo, qual é?
- Bom... Para contar esse eu vou ter que refrescar um pouco a sua memória. Era dia onze de setembro de dois mil e um e...
- Ah, mas o que a queda das torres gêmeas tem a ver com isso tudo?
- Mas que saco! Ainda não terminei de falar, Lhama idiota!
- Bom, naquele dia eu recebi uma ligação do meu irmão dizendo que estava em apuros fugindo de dois detetives. Eu logo perguntei se ele precisava de ajuda e em seguida eu ouvi o barulho de um disparo de uma arma. O celular dele ficou mudo e horas depois eu recebi uma outra ligação. Dessa vez, era pra me notificar da morte dele. Ele fazia tráfico de cajuzinho nas Bahamas. Essa história soa familiar para seus ouvidos, Lhama?
- Então aquele bandido era seu irmão... Bem feito, ninguém manda querer ser traficante.
- Você matou meu irmão, seu desgraçado! E agora eu vou fazer você pagar. Foi uma promessa que eu fiz a mim mesmo no dia em que eu descobri onde você morava. Eu rapidamente liguei para o Faraco e mandei que ele passasse o caso do meu tráfico para você investigar. Nada mais disso importa, o que eu realmente quero agora é fazer você pagar. Depois disso, nem prisão perpétua vai apagar essa felicidade da minha memória.
- Mas e os panetones? O que há de tão especial neles?
- Os panetones antes eram realmente meu negócio, mas como quis atrair vocês até aqui ele passou a ser apenas um pretexto. O que deixa a pessoa alucinada ao comê-lo é um ingrediente muito poderoso: farinha angolana. Chega de conversa furada, a tortura os aguarda.
Ogro ordena a seus capangas que amarrem Lhama e Macaco de cabeça para baixo. Após o feito, ele ordena que também amarrem Gildo e James. Entretanto, eles só fingiam estar desacordados. Rapidamente, eles nocauteiam os capangas e soltam os detetives das cordas. O Ogro fica encurralado.

sábado, 28 de novembro de 2009

O Segredo do Panetone

Cap XXVIII

Lhama chegou rápido à fábrica, os bombeiro apagavam o resto de fogo que restara, por sorte apenas algumas pessoas saíram feridas do acidente. Lhama se dirigiu ao chefe dos bombeiros, mostrou sua identificação e começou a perguntar:
- O senhor saberia me dizer a causa do incêndio?
- Não, senhor estamos acabando de apagar o fogo, há duvidas quanto a causa, pois pode ter sido um incêndio criminoso
- Quanto tempo até saber a causa?
- Daqui a uma hora o senhor terá os resultados
- Muito obrigado.
Lhama deu uma olhada na fábrica e virou-se indo para seu carro mas alguém lhe chamou antes de partir
- Detetive Lhama!
Ele se virou e viu o senhor da limpeza com quem tinha conversado no dia em que foi à fábrica
- Olá, me desculpe eu esqueci seu nome
- É Jorge, eu gostaria de falar-lhe
- Diga
- É a respeito do incêndio, eu sei quem foi
Lhama parou, olhou atentamente o funcionário e disse
- Continue
- Eu vi quando o Sr Antônio saiu correndo pela porta dos fundos e antes disso, eu vi entrando na fabrica, pouco antes do incêndio acontecer. Sem dúvida era ele
Lhama refletiu sobre o que acabara de ouvir, não estava tão surpreso, ele já não confiava mais no velho desde ele seqüestrou o filho dos De La cruz. Ele era capaz de qualquer coisa para conseguir o que queria e Lhama sabia bem o que era. Lhama agradeceu rapidamente à Jorge e saiu correndo até a casa do velho. Já sabia que não encontraria ninguém lá, afinal se tinha sido mesmo ele, já estaria bem longe daqui, era muito esperto. Mas a surpresa ficou por conta de uma carta que estava colada na parte de trás da porta. Era uma carta do velho para Lhama, queria ler ali mesmo mas ele tinha que terminar o caso de Maurício então pegou a carta e levou consigo para a delegacia. Lhama foi até seu chefe e lhe contou tudo. Catarina foi quem matou Maurício, com um veneno colocado no panetone que ele comeu na noite. Os motivos são desconhecidos, coisas que só Catarina poderia responder.
Ele encerrou o caso definitivamente. Tudo esclarecido, mas faltava uma coisa, apenas uma e a resposta certamente estaria ali, naquele envelope. Lhama saiu da delegacia sem finalizar com os papéis “eu faço isso amanhã” pensou. Chegou em sua casa mas não saiu do carro, abriu ali mesmo e começou a ler...

O Mistério do Panetone

Capítulo XXVIII

Dez minutos foram suficientes para praticamente atravessarem a cidade. Chegando ao início da estrada, Lhama e seus companheiros acharam melhor irem a pé, já que o barulho do motor do táxi poderia chamar a atenção.
- James, Gildo, é agora. Fizemos um tremendo esforço para chegarmos aqui e só sairemos daquele sítio com o Macaco junto de nós. Por isso, peço muita cautela, não ajam no impulso e mais importante de tudo, não façam nenhum barulho. – orienta Lhama.
Após uma curta caminhada eles chegam ao cativeiro onde estava o Macaco. Eles entram e cada um se esconde atrás de uma árvore. Lhama inclina a cabeça para ver se não havia ninguém. Aparentemente, a área estava vazia.
- Vamos dar uma olhada naquele celeiro; é quase certeza de ele está lá. Se não estiver, nós damos uma olhada ali na casa. Vamos rastejando, mas tentem ser o mais rápidos que conseguirem. – cochichou o detetive.
Os três pareciam estar no meio de uma guerra. Rastejavam desesperadamente feito soldados aleijados. Chegaram à porta do celeiro rapidamente, entretanto, a alegria durou pouco: viram seis pernas se posicionarem entre eles e a entrada. Olharam para cima e viram que eram três dos capangas do Ogro. Um chute na cabeça de cada um foi suficiente para ficarem desacordados. Os homens rapidamente os amarraram e os levaram para perto do Macaco.
- Soltem meus amigos! – implora Macaco.
Um dos homens dá um chute na barriga de Macaco:
- Fique quieto, senão na próxima eu faço você ficar na mesma situação deles.
O detetive, o motorista e o ex-delegado de Petrópolis permaneceram desmaiados por aproximadamente duas horas, até que Lhama começa a retomar a consciência:
- Macaco, você ainda está vivo! – alegra-se Lhama.
- Sim, mas vocês não deveriam ter vindo até aqui.
- Deixe de ser orgulhoso, detetive. Nós viemos te salvar; daqui a pouco estaremos voltando a Andenópolis e o Ogro estará atrás das grades.
A conversa se estende até que Lhama começa a observar um dos caixotes que continha os panetones. O que chama a sua atenção é um carimbo na caixa escrito Made in Angola.
A porta abre bruscamente; Gildo e James acordam e Lhama percebe. Entretanto, James e Gildo piscam para Lhama e voltam a fingir que estão desacordados. Lhama entende o recado. O Ogro entra pela porta com um sorriso infame:
- Ora, ora, que surpresa agradabilíssima, detetive Lhama.
- Quem é você? – espanta-se Lhama
- Ele é o Ogro. – responde Macaco.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Cap. XXVII

Lhama saiu com duas viaturas em velocidade direto para a casa de Catarina, não sabia o que podia encontrar, Catarina poderia muito bem ter fugido já que em momentos toda a cidade estava sabendo do que ocorrera na delegacia. Demorou cinco minutos até chegar na casa de catarina. Lhama estava comandando a operação. Ele bateram na porta alguma vezes chamando por ela mas ninguém atendeu, alguns homens tomaram a frente e arrombaram a porta, a operação foi iniciada. Procuraram em cada canto da casa mas não acharam. Até ouvirem a porta de um carro batendo, na parte dos fundos da casa uns policiais se dirigiram até lá e viram catarina saindo de carro. Lhama entrou na viatura e começou a perseguir catarina. Não demorou os carros estavam quase juntos mesmo assim catarina não desistiu, entrou na rodovia indo para fora da cidade, o velocímetro de Lhama marcava 170 e Catarina estava um pouco mais rápida, mas ela estava tão preocupada com Lhama atrás dela que nem viu que estava entrando na pista contrária, e só percebeu quando ouviu a buzina de um caminhão que estava vindo de frente, ela tentou desviar mas não conseguiu, o carro girou duas vezes na pista e então colidiu com o caminhão. Lhama conseguiu parar o carro antes da tragédia acontecer e viu tudo de longe. Ele chegou perto do carro, viu que catarina estava morta, amassada contra o caminhão em meio à ferragens, seu filho estava atrás, ferido assim como o motorista, lhama pegou seu celular e ligou para a emergência. Enquanto esperava, retirou o menino do carro e o imobilizou no chão. Quando foi retirar o motorista, a ambulância havia chegado e fez o trabalho. Recolheu o corpo e levou rapidamente o garoto e o motorista para o hospital. Lhama ligou para a delegacia e informou o que havia acontecido. Estava prestes a voltar para a delegacia quando ouviu na rádio patrulha sobre uma explosão que acabara de ocorrer na fábrica de panetone, fazendo- o mudar de rumo.