quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Capítulo XIX O Mistério do Panetone

Macaco anda sozinho, sem destino, pela rua escura. Não sabe para onde ir, não sabe se quer viver. A cena que presenciou há alguns minutos foi muito forte para o seu coração primata. Atrás dele, os dois homens que antes o observavam agora o seguiam. Entretanto, a tristeza do detetive era muito grande para deixar que ele percebesse qualquer presença de qualquer pessoa à sua volta. De repente, os sujeitos abordam Macaco. Eles o empurram para um beco e socam seu estômago. O detetive ainda tenta reagir, mas toma um chute na testa, que fica com a marca da sola do sapato do bandido. Ele começa a sentir tontura; os homens amarram seus braços e pernas e colocam um saco de pano em sua cabeça. Rapidamente, um terceiro bandido chega dirigindo uma Kombi. Os dois homens que estão na rua jogam o Macaco para dentro do carro e entram em seguida. Para não sofrer mais nenhum ferimento, Macaco finge estar desacordado. Os homens cutucam seu braço e ele não faz nenhum movimento:
- Está desmaiado. – concluem.
Um dos passageiros pega seu celular e faz uma ligação; Macaco, que finge estar inconsciente, ouve toda a conversa:
- Já estamos com o detetive no carro e vamos levá-lo ao lugar combinado. Aguardaremos a sua chegada amanhã.
Macaco fica muito apreensivo: não sabe para onde e nem para que esteja indo; não sabe se vai morrer ou apenas torturado. Finalmente o carro para. Os três homens puxam Macaco para fora do carro e o levam até um lugar. Ele ainda se faz de desacordado. Eles tiram o capuz de sua cabeça e saem em seguida. Macaco abre os olhos; não consegue enxergar nada. Porém, conforme sua visão vai se acostumando, ele tem uma grande surpresa: o local era o celeiro que ele, Lhama e James investigaram durante a semana. Ele tenta se desamarrar, mas as cordas estavam muito apertadas e os nós muito bem dados. Após muitas tentativas, Macaco desiste. Ele estava muito cansado para continuar e logo adormece.

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