terça-feira, 24 de novembro de 2009

O Mistério do Panetone

Capítulo XXIV

Faraco é levado para a sala de interrogação, mas dessa vez, como interrogado. Lhama pede a dois policiais que fiquem de prontidão na porta, caso Faraco tente alguma hostilidade.
- Pode ir abrindo o bico, senhor delegado. – ironiza Lhama.
- Mas eu não sei de nada mesmo!
- Seu mentiroso! Vai dizer que não é você nessa foto?
Faraco fica em silêncio por um tempo.
- Tudo bem, vou abrir o jogo. Quando o Ogro soube que estava sendo procurado pela polícia, ele rapidamente deduziu que algum detetive seria acionado para cuidar do caso. Quando ele soube que você e o Macaco moravam aqui em Andenópolis, rapidamente veio me procurar. Ele me ofereceu uma oferta irrecusável em dinheiro. Em troca, eu o ajudaria a capturar vocês dois durante o período em que vocês estivessem investigando.
- Mas por que o Ogro quer nos capturar?
- Essa é uma pergunta que eu não posso responder, mesmo porque não sei as intenções dele com vocês.
- E o panetone? O que tem de tão especial nele?
- Essa também eu não sei responder. Mas pelo que eu observei quando fui até a casa do Ogro, é algum ingrediente que faz você alucinar.
- Como você sabe que o panetone faz a pessoa alucinar?
- Por que aqueles panetones que o Ralph e o Romero tinham que trazer para cá, eles comeram quando chegaram aqui na delegacia. Começaram a falar coisas muito estranhas; um disse que via pássaros roxos, outro que tinha sapos pulando na sua cabeça. Fiquei sem entender muita coisa; só entendi os efeitos do panetone, mesmo.
- Então Ralph e Romero também estão envolvidos nisso tudo? E onde eles estão agora?
- Bom, depois daquele episódio do panetone, nunca mais os vi.
- Muito bem. Já temos informações suficientes por enquanto.
Ele olha para os policiais e diz:
- Vocês ouviram o que o delegado disse, não ouviram? Ele é um criminoso agora, não vão prendê-lo?
Os policias puxam Faraco pelo braço e o levam para a cela.
- James, Gildo, vamos a São José; temos um macaco para resgatar.

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