domingo, 15 de novembro de 2009

O Mistério do panetone
Capítulo XV
Naquela noite, os detetives e o motorista andam até a fábrica. Eles iam esperar pelos homens da outra noite, e então segui-los na tentativa de descobrir mais alguma coisa. Aguardaram os homens chegarem por uma hora e já estavam impacientes:
- Acho que eles não vão aparecer aqui hoje... Vamos voltar para o hotel. – lamentou Macaco.
- Calma, sejamos pacientes, eles devem aparecer aqui, sim. – disse Lhama.
Finalmente a paciência de Lhama deu resultado: dessa vez, um dos três homens da outra noite apareceu. Ele estava com a mesma jaqueta de couro preta e óculos escuros, mesmo sendo de noite.
- Não seria melhor capturar ele e fazer um interrogatório?
- Não seja precipitado, Macaco. Aos poucos nós descobriremos todos os segredos desses bandidos. Se fosse para capturá-los e não descobrir nada, os policiais mesmo teriam feito isso e nós não teríamos sido recrutados para o caso. Agora, calem a boca e vamos segui-lo. Se tudo der certo, hoje descobriremos muitas coisas sobre o tal do panetone.
O homem sai andando em passos apertados, e os três o acompanham a distância. Ele percorre a rua toda e então toma a condução. Os três imediatamente entram num táxi e ordenam que o taxista siga o ônibus. Ao chegar quase no fim da cidade, o homem desce do ônibus. Eles saem do táxi também. O perseguido então toma o caminho de uma estrada de terra escura e mal cheirosa, talvez pelos porcos e vacas dos sítios que beiravam a estrada. Cachorros perseguiam os carros que passavam por lá e Macaco estava morrendo de medo da situação.
- Vamos embora, vou molhar minhas calças.
- Aguente firme, Macaco, temos que descobrir onde esse cara está indo.
O homem então para de caminhar. Os três rapidamente se escondem no meio de uma plantação de cada de açúcar e observam. O sujeito olha para todos os lados, como se estivesse verificando se alguém estava presente. Após certificar-se de que não estava sendo seguido, ele entra pela porteira de um sítio.
- Vamos entrar também. Já que estamos aqui, temos que aproveitar a chance.
Eles esperaram por uns dois minutos e então silenciosamente passaram pela porteira. Andaram por uma pequena estradinha e então avistaram um grande celeiro e uma casa ao lado. Foram checar o celeiro e se surpreenderam: várias caixas amontoadas e lacradas, como numa fábrica que estava pronta para despachar sua mercadoria. Em seguida, foram espiar pela janela da casa e se surpreenderam mais ainda: vários homens, cerca de vinte e cinco, estavam vestidos com as mesmas roupas, como se fossem gêmeos: calça jeans, camiseta branca, jaqueta de couro preta e óculos escuros.

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