sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O Mistério do Panetone

Capítulo XX

Macaco é acordado pelo sol que entrava pela janelinha e batia em seu rosto. Não ouvia a voz de ninguém e nenhum barulho vindo de fora do celeiro. Ele pensa que todos deviam estar dormindo ou saíram para algum lugar; e estava certo: pela manhãzinha, três dos homens saíram com o carro e o resto continuava a dormir.
Na cidade, Lhama estava muito aflito e indeciso. Aflito pois não sabia do paradeiro de seu não tão mais amigo Macaco; indeciso pois não tinha certeza do seu futuro no caso; não sabia se continuaria ou se deixaria todo o seu esforço para trás. Além disso, sem seu companheiro o ajudando, as coisas seriam muito mais difíceis. Depois de refletir sobre toda a situação, foi conversar com James:
- James, receio que seus serviços já não sejam mais necessários. Pode pegar o carro e voltar a sua casa; diga ao delegado Faraco que eu agradeço muito a ajuda de vocês, e que assim que voltar direi isso pessoalmente.
Desanimado, James responde:
- Tudo bem. O senhor vai ficar por aqui?
- Não. Voltarei à minha cidade para continuar com a minha vidinha, mas antes passarei em Petrópolis para conversar com Gildo e Gilderson. Não precisa me levar até lá, eu vou de ônibus. Foi muito bom trabalhar com você. Cuide-se.
James arruma suas malas e sai calado do hotel; Lhama o observa sentado em sua cama sem dizer mais nenhuma palavra. Para ele, o caso todo havia acabado ali, assim como sua amizade com Macaco. Pensou que seu antigo companheiro havia voltado para sua casa. Porém, estava muito enganado.
No sítio, Macaco começa a ouvir o barulho do motor do carro: eram os homens voltando. Eles abrem o celeiro e a porta do carro se abre, um homem desconhecido para Macaco sai do veículo. Ele anda em direção ao primata, que treme de medo. Após observar o desconhecido, Macaco só consegue chegar a uma conclusão: era o Ogro.

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