terça-feira, 17 de novembro de 2009

O Segredo do Panetone

Cap XVII

Chegando em casa se jogou no sofá e ligou a TV. Era madrugada do dia vinte e cinco de dezembro e não estava passando nada que prestasse, então desligou a televisão e tentou dormir.

Ficou naquele sonhar acordado. Não conseguia parar de pensar no que tinha acontecido naquela noite. Como pudera ser tão fraco? Pouquíssimo tempo antes Catarina havia ido até a sua casa e ele resistira a ela. Por que não conseguira resistir a Pâmela?

Tá, era fato que Pâmela o havia interessado desde que colocou os olhos nela, mas Catarina também não era de se jogar fora, era uma mulher e tanto, branca de cabelos louros e longos um corpo torneado e estava realmente atraente dentro daquele vestido vermelho. Por que resistira a ela e caira nos braços de Pâmela?

E por que estava pensando por qual motivo resistira a uma e não a outra sendo que o seu real problema fora ter sido fraco? Ele deveria ter resistido às duas. Um detetive em meio a uma investigação indo pra cama com um dos envolvidos no caso, aquilo era anti ético, sentia vergonha de si por ter chego onde chegou. E o pior sentia raiva de si por ter gostado da noite e no fundo não conseguir se arrepender nem um pouco do que acontecera.

Os momentos ficavam lhe vindo à mente a cada instante, e ele não conseguia resistir ao impulso de relembrá-los em sua memória. Chegara ao bar já um pouco bêbado, sentara, conversaram, riram e choraram. Entenderam-se muito bem, a solidão dos dois juntamente com tudo que beberam, não poderia ter dado em algo diferente. Tivera uma noite maravilhosa, uma noite como jamais tivera antes e agora só conseguia pensar em como queria aquela mulher em seus braços sempre, em todos os momentos, não somente à noite, queria rir e chorar com ela, queria conversar e brincar, queria ir dormir e poder acordar olhando para aquele rosto sereno todos os dias.

Assustado com seus pensamentos levanta-se do sofá e resolve preparar algo para comer. Na verdade não estava com fome, mas pensar em Pâmela não era uma boa opção. Não poderia ele dar-se o luxo de se apaixonar.

Não ele. Não por ela.

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