Era 8 da noite quando Lhama já tinha registrado tudo e resolvido toda a papelada necessária para a investigação indo depois direto para sua casa. Ele foi visitado pelos pais que vieram de outra cidade para visitá-lo e levar convite e terno para o casamento de sua irmã do qual seria padrinho. Ficaram um bom tempo conversando e passava da meia-noite quando foram embora. Ele guardou o terno no armário e deitou-se na cama. Pegou o convite de casamento e abriu, deixando cair em seu colo um ingresso antigo. A primeira vez que foi a um jogo do palmeiras. Ele havia brigado com sua irmã que era sãopaullina e que ficou provocando antes do jogo. Estavam juntos com o pai na arquibancada, o jogo estava empatado quando chegou no intervalo, era um brigando com o outro, mas ela sempre vencia as brigas, sempre foi mais esperta. No meio do segundo tempo, ele estava mascando um chiclete, quando ele teve a brilhante idéia de colocar o chiclete no cabelo de sua irmã e nem pensou muito, foi lá e colocou bem no meio fingindo que estava apenas bagunçando aqueles longos e lisos cabelo. Ela não notou no momento e só percebeu quando chegou em casa e foi tomar banho, ela chorou tanto quando sentiu aquele emaranhado na cabeça. A coitada teve que cortar o cabelo curtinho e ele, levou umas boas cintadas na bunda, mas nada que o impedisse de zuar sua irmã por causa do novo corte de cabelo e vivia repetindo que ela não ia se casar pois nenhum garoto iria gostar dela, a coitada chorava e ele apanhava. “Parece que ela achou um louco!” pensou ele. E riu-se, lembrando de suas peripécias.
Era véspera de natal e alguém batia à sua porta.
Era véspera de natal e alguém batia à sua porta.
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