domingo, 22 de novembro de 2009

O Mistério do Panetone

Capítulo XXII

Macaco fica furioso e parte para cima do Ogro. Porém, os capangas seguram o primata.
- Bom, eu vou ali tomar um chá. E você, fique ai sentadinho, seu macaco. Saiba que você acaba de forjar a sua morte e do seu amigo Lhama.
Ogro e os homens saem do celeiro. Ele tinha em mente capturar Lhama quando estivesse voltando para sua casa e então matá-lo. Macaco fica com um olhar vazio e não sabe como agir. Tenta desesperadamente sair pela janela, mas era muito pequena para que ele conseguisse passar. Sem saída, ele chora recolhido num canto.
Após horas de viagem, Lhama desce do ônibus em Petrópolis e caminha lentamente até a casa de Gildo. Chegando lá, encontra o velho na varanda de sua casa lendo o jornal.
- Lhama, que surpresa a sua vinda. Pensei que demoraria mais um ou dois dias para vir a Petrópolis. Está com uma expressão abatida. O que aconteceu?
- Ah, Gildo, muitas coisas aconteceram. Macaco e eu saímos do caso. Aliás, nós não somos nem mais amigos.
- Nossa, conte-me mais sobre isso. Como tudo isso aconteceu?
Após muitas explicações, Gildo consola o amigo:
- Poxa, sinto muito por você. Aliás, acho estranho você me contar tudo isso, pois hoje de manhã chegou uma carta para você, e é do Macaco.
- Uma carta do Macaco para mim? Mas por que ele mandou para a sua casa?
- Bom, eu também não faço a mínima idéia. Abra a carta, leia o que está escrito.
Lhama abre e lê a carta, que dizia: “Lhama, estou aqui no Havaí. Não se preocupe comigo, estou num sítio de um primo de segundo grau. Só estou escrevendo para dizer que nunca mais quero olhar na sua cara, e que nossa amizade acabou. Espero nunca mais cruzar com você na rua.”
- Oh, não!
- Meus pêsames, Lhama. Não deve ser fácil perder uma amizade assim.
- Não é nada disso. O Macaco foi sequestrado!

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