quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O Misterio Do Panetone

Capítulo XVIII

O detetive primata estava abalado, furioso, triste, enfim, em toda sua vida, ele nunca presenciara uma cena como aquela. Lhama percebe o Macaco deixando o cômodo e vai atrás dele:
- Macaco, espere! – pediu Lhama.
- Não tenho nada para falar com você, Lhama. Deixe-me ir.
- Mas eu realmente não queria que aquilo acontecesse. Ela que me agarrou e...
- Chega, Lhama! Eu vi o que aconteceu, não preciso das suas explicações agora. Você sabia de tudo o que eu sentia por aquela mulher e traiu a nossa amizade.
- Eu juro que não sabia.
- Como não? Estava na cara!
- Posso ser um detetive, mas lhamas não são tão perspicazes nesse quesito.
- Bom, agora não me importa, estou de cabeça quente. Vou embora, não me siga.
Macaco sai da festa com os olhos marejados. Lhama volta à sala e senta num canto. Mara vem em sua direção:
- Desculpe-me, Lhama, eu não queria que isso tudo acabasse assim. O Macaco podia ser um grande amigo meu, mas para mim não passava de amizade.
- Mara, não quero ser grosseiro, mas agora não estou com pique para conversar. Deixe-me sozinho.
Lhama fica estático por alguns minutos. Seu olhar vago denunciava que sua amizade com Macaco estava indo por água abaixo. Sua outra preocupação era o caso do tráfico de panetone; sem Macaco as investigações ficariam mais difíceis. James percebe o abalo de seu companheiro e tenta ampará-lo:
- Lhama, eu sei que você quer ficar ai sozinho, mas vamos voltar ao hotel; lá você pode descansar melhor.
- Sim, acho uma boa idéia. Será que deveríamos ir atrás do Macaco?
- Sinceramente, receio que seja melhor deixá-lo sozinho esta noite.
Os dois levantam e caminham para o hotel.
A poucas quadras dali, dois homens observam Macaco andar pela rua. Um deles imediatamente faz uma ligação:
- Senhor? O detetive Macaco está andando sozinho e parece muito triste. Devemos agir agora?
- Sim, peguem ele.

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