segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Capitulo IX

- Empate 2 a 2, seu verdão continua líder.

- Se perdesse pro Corinthians eu chorava. Por aqui dona Catarina. -disse dirigindo-se a mulher- Sente-se, por favor. Como a senhora está?

- Como qualquer outra viúva, triste. Foi realmente um choque quando recebia a notícia.

- E onde a senhora estava quando soube da morte de seu marido?

- Estava no salão de beleza, fazendo as minhas mãos, tenho quem comprove.

- Certo. E por que...

Mas Lhama nem terminou a pergunta e Catarina falou:

- Porque vocês então me interrogando. Pâmela é a culpada! Eles brigaram noites atrás. Eu vi, eu separei.

- E o que a senhora me diz da reação entre Pâmela e Maurício?

Catarina parou por um instante e respondeu:

- Acho que o senhor já sabe que os dois andavam se encontrando. Não só o senhor como toda a cidade de Itariri. É muito vergonhoso para mim, falar sobre isso, mas se o senhor realmente achaque vai ajudar...

- Eu acho - respondeu Lhama.

- Está bem. Eles tinham um caso sim.

- E por que a senhora nunca tomou uma atitude?

- Pois eu tinha vergonha, e também o meu filho, eu amo aquele garoto. Não podia traumatizá-lo.

- Essa traição te daria motivos suficientes para matá-lo.

- Eu nunca faria isso! – respondeu – eu sempre acreditei no Maurício e se ele me traiu foi por culpa dela. Ele o seduziu, odeio admitir, mas eu não posso com ela. Além disso, Maurício e eu estávamos passando por muitos problemas no casamento. Mas que casal não tem problemas.

- Que tipo de problemas?

- Rotina. Estava tudo muito monótono, casamos muito jovens e estávamos juntos a um bom tempo. Amávamos-nos, mas casamos obrigados, fora do nosso tempo, acabamos não aproveitando bem a adolescência e quando um casamento chega a esse ponto é hora de mudança, o problema é que eu não quis mudar, mas ele sim, e acabou achando em outra aquilo que ele queria. Detetive – disse calmamente – você realmente acha que esses motivos bastariam para tornar uma pessoa assassina?

- Eu ouvi dizer que você teve um suposto caso com o policial Robson.

- Mentira. A pessoa que lhe contou isso mentiu. Ele é meu primo. Maurício já suspeitou dele, chegou a ter muito ciúmes e talvez tenha contado a alguém suas dúvidas, mas não se sustentaram muito. Eu sentei e conversei com ele e provei nos papéis que ele era meu primo. De outra forma, acho que ele não acreditaria. E se o senhor também não acredita em mim, posso lhe mostrar os mesmos papéis que mostrei tempos atrás para meu esposo.

- Ok, por hoje já é o bastante. Obrigado pela colaboração senhora De La Cruz.

- Estou à disposição sempre que precisar.

- Por aqui – disse lhama. E a levou à saída.

Enquanto esta saía, Pâmela estava entrando. Trocaram olhares, e continuaram cada qual seu caminho.

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