sábado, 21 de novembro de 2009

O Mistério do Panetone

Capítulo XXI

O Ogro se aproxima do Macaco, que se encolhe no canto.
- Pra que o medo, detetive? – pergunta o Ogro.
- O que você quer de mim?
- Cala a boca! Você pode no máximo ficar quieto. Eu faço as perguntas aqui. Você vai ser um bom macaquinho a vai responder tudo direitinho.
- E se eu não responder?
Ogro saca uma arma e diz:
- Tenho certeza que você responderá, não é mesmo?
- Tudo bem, eu respondo.
- Muito bem. Eu prometo a você que depois que você me fizer um favorzinho eu deixarei você ir embora. O que eu realmente quero não é um primata, e sim uma lhama. Aliás, eu fiquei sabendo que vocês andaram brigando, não é mesmo? Olha só, não seria legal se você fizesse ele pagar dessa forma?
Macaco fica mudo.
- Vamos lá, eu só quero que você escreva uma carta dizendo que está fora da investigação e que não quer nunca mais ver a cara dele. Depois disso, um dos meus homens vai te levar para a cidade e te libertará.
- Está bem, só me de um pouco de tempo para pensar no que escrever.
O Ogro e os homens saem do celeiro. Macaco fica sozinho novamente, com uma caneta e um papel. Após escrever a carta, ele grita para que alguém ouvisse o seu chamado. Ogro entra novamente no celeiro com um de seus capangas.
- E então, já escreveu?
- Sim. Olha, eu disse ai na carta que estou no Havaí para que ele não me procure.
- Bem pensado, Macaquinho. Você está me saindo melhor do que o esperado.
- Mas como você vai entregar essa carta a ele? Eu não faço idéia de onde ele esteja.
- Isso não é problema. Um dos meus homens andou vigiando ele. A Lhama nesse momento está na rodoviária, esperando pelo ônibus que o levará até Petrópolis. E, pelo que meus homens me informaram, a única pessoa que vocês conhecem em lá é o senhor Gildo e seu filho, não é mesmo?
Macaco fica sem reação.
- Pois então, um de meus homens está indo agora levar essa carta até a caixa de correio do velho.
- Tá, eu já fiz tudo o que você pediu, agora me leve de volta à cidade.
Ogro solta uma risada e diz com um largo sorriso no rosto:
- Você pensou mesmo que você ia ser libertado? Que Macaco inocente.

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