terça-feira, 24 de novembro de 2009

O Segredo do Panetone

Cap XXIV

Depois de ter levado um fora de Pâmela, Lhama acabou se desviando da investigação. Era tanta coisa acontecendo que acabou indo pra casa pra descansar mesmo sendo quatro horas. Chegou e fez como de costume subiu as escadas e tomou um bom banho e depois desceu para a cozinha pegar um copo de suco e viu que o panetone que Catarina lhe trouxera na noite anterior ainda estava intocado, mas ele não sentiu vontade de comê-lo agora. Foi à sala de estar e ligou a TV, mas não tinha nada passando além de especiais de natal, acabou deixando em um canal onde passava o show de Roberto Carlos e ele estava cantando a música “como é grande o meu amor por você”. Lhama estava tão mal que acabou chorando com a música. No meio da música seguinte já estava dormindo. Acordou no dia seguinte e a casa ainda estava bagunçada deu uma arrumada por cima, guardou o panetone no armário, lavou a louça e estava de saída quando estava passando um caminhão vendendo galinhas mortas e vivas. Lhama decidiu comprar uma viva para matá-la no Domingo quando seus amigos viriam assistir o jogo. Pegou a galinha e colocou-a dentro de uma caixa grande e arejada no quintal deu uns grãos pra ela ciscar e saiu. Foi para a delegacia onde não fez absolutamente nada. Voltou para casa e foi dar ração para a galinha, mas ela escapou da caixa. Lhama ficou procurando, não tinha como ela ter saído de casa era toda murada. Depois de algum tempo ele acha a galinha no armário comendo as sobras de pão que tinham, ele a pegou e colocou de volta para a caixa. Passaram se dois dias desde o natal.

Lhama estava em seu escritório com as pernas na mesa quando foi chamado pelo superior à comparecer em sua sala. Lhama rapidamente se dirigiu ao chefe.

- Sim senhor, deseja alguma coisa?

- Sente-se detetive lhama

Lhama se sentou.

- Sabe, o seu departamento de casos especiais é o que mais vem dando gastos. Soube que o caso de Maurício estava em suas mãos, mas que nos últimos dias não vem tendo muito progresso

- É que eu ando meio parado. – disse lhama cabisbaixo

- Pois não devia. Sua função é resolver o caso por mais difícil que seja e ir atrás de provas sejam elas quais forem.

- Entendo senhor

- Entende mesmo detetive, não me parece. Eu tenho oficiais à sua disposição que poderiam muito bem estar em outro lugar. Tenho recursos que poderiam ser muito melhor gastos em outro departamento

- O problema é que...

- Não quero saber de problemas e sim de soluções. Eu quero esse caso resolvido Lhama e é bom o senhor começar a trabalhar ou então terei que extinguir o departamento e consequentemente te demitir.

Depois da conversa, Lhama foi até sua sala e ficou um bom tempo refletindo sobre o que acabara de ouvir “ o departamento inteiro? Isso é horrível!” pensou lhama, “ isso não pode estar acontecendo, é tudo minha culpa...” . Lhama mais confuso do que nunca, levantou-se e foi a sala do chefe.

- Com licença.

- Entre Lhama, o que quer?

- Eu tomei uma decisão.

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