O Mistério do Panetone

O Mistério do Panetone

Capítulo VIII

Após uma longa procura, os dois detetives e James finalmente acham um hotel barato para passarem a noite. Entrando no quarto, eles deixam o panetone numa mesinha, próxima à televisão. Estavam muito curiosos para descobrirem o que havia de tão secreto na mercadoria, mas muito cansados para uma investigação. Decidiram que iriam dormir e pela manhã a fariam.
Lhama acordou com o sol batendo na cara. Olhou no relógio que marcava onze horas. Levantou, lavou o rosto, escovou os dentes e foi logo acordar o detetive primata. Depois de acordado, Macaco pegou uma faca e cortou o panetone em pedaços, mas eles não encontraram nada de anormal. Nenhuma arma, nenhuma bomba, nenhum objeto estranho ou cortante como imaginou o Macaco. Só tinha um jeito de descobrirem o mistério:
- Acha arriscado demais comer um pedaço? – perguntou Lhama.
- Acho que não. Se você estiver sem coragem, eu como. – disse Macaco.
Ele corta um pedaço generoso, mas morde um pedaço pequeno.
- E então? Algo de diferente? – perguntou Lhama, ansioso.
- Não sinto nada de diferente no gosto, mas minha cabeça está girando um pouco...
Macaco começa a alucinar. Ele diz a Lhama para matar a aranha amarela que andava na parede, diz que observava porcos voando pela janela, avisa que um caminhão de diamantes passava na rua e que sua tia Helena estava chegando das Ilhas Oquirrazi.
- Ilhas o que? – se assusta Lhama
Macaco desmaia. Lhama se desespera e acorda James. Os dois descem correndo com Macaco nos braços e o levam para um hospital.
Depois de muita espera, o médico avisa que Macaco está consciente, o que foi um alívio para Lhama e James. Eles esperam por mais duas horas, e então são avisados de que o paciente estava acordando. Eles correm para o quarto.
- Você está bem? – pergunta James, num tom de preocupação.
- Minha cabeça dói, mas acho que sim. O que aconteceu comigo?
- Você comeu um pedaço do panetone. – responde Lhama.
- Ah, é verdade... E depois, eu desmaiei?
- Na verdade você começou a dizer coisas sem sentido, como porcos voadores e sobre sua tia Helena.
- Mas eu não tenho uma tia Helena.
- Pois é, e porcos também não voam. Mas então, o médico disse que é melhor você ficar em repouso por um tempo.
- Nem pensar. Hoje a noite tem a festa da Mara, e eu não perco por nada.
- Tudo bem então. Hoje nós vamos à festa, mas amanhã nós temos que continuar com a investigação. Mas uma pista nós já temos: o panetone causa um efeito alucinógeno em quem o come.

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