O Segredo do Panetone

Capítulo II

Era pouco mais de oito horas da manhã e Lhama ligava para Faraco. O delegado havia acabado de chegar ao seu escritório quando seu telefone tocou:
- Delegado Faraco?
- Sim, quem está falando?
- É o detetive Lhama. Estive pensando, e quero saber se não há nenhum caso para eu e meu amigo Macaco investigarmos. Mas queremos algo realmente interessante, pois já nos enjoamos dos crimes corriqueiros. Pensei, então, em ligar para o senhor.
- E fez muito bem, Lhama. Ontem, recebi um relatório do departamento de Petrópolis, que alegava que vizinhos de um sujeito chamado Gilmar Ogro estão suspeitando de que ele seja um mafioso e esteja mantendo negócios ilegais com a cidade de São José.
- E que tipo de negócios seriam esses? – perguntou Lhama, interessado no caso.
- Ainda não se sabe ao certo, mas há suspeita de que seja tráfico de panetone. Um dos vizinhos disse que uma vez viu o Ogro carregando o porta-malas de seu carro, e que havia dezenas do doce no veículo.
- Interessante, delegado Faraco. E quando posso começar a investigar o caso?
- O mais rápido possível – respondeu o delegado, apreensivo.
- Então, você tem um investigador, delegado. Apareço na delegacia pela tarde, e levarei comigo o meu parceiro, Macaco.
- Estarei aguardando.
Lhama desligou o telefone e se mostrava radiante. Imediatamente, puxou o telefone do gancho para dar a notícia a seu velho parceiro:
- Alô? – perguntou Macaco, acordado pelo telefone.
- Macaco, tenho ótimas notícias para lhe contar.


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