Cap IV
O senhor percebeu alguma coisa estranha naquela noite? O senhor Maurício demonstrou atitudes diferentes nestes últimos tempos? Como andava seu relacionamento com esposa, filhos e funcionários? Quem é Pâmela e que relação ela tinha com ele? Havia ele inimigos ou alguém que poderia se beneficiar com sua morte?
- Pera aí! – disse o velho já rindo - Eu acho melhor eu contar tudo o que eu sei e você só ouve, sem interrupções, eu já estou velho posso acabar esquecendo-me de algumas coisas ou me desviando do assunto.
Lhama concordou com a cabeça. E o velho disse:
-Vamos entrando, lá dentro e mais confortável e ainda lhe preparo um Beirute enquanto conto. Espero que o Sr. tenha tempo, pois se eu for dizer tudo que sei, podemos ficar aqui por horas.
Caminhando devagar, chegaram à casa do velho.
A casa do velho era modesta, muito mais simples que o casarão dos De La Cruz na esquina. Tinha um odor estranho, uma mistura de cheiro de gato com cheiro de fritura, mas fora isso, era muito reconfortante. Porém ao contrário da casa da Sra. Andres, não havia ao menos um enfeite de natal, provavelmente o velho não possuía família e amigos.
O velho preparou o café rapidinho, e serviu e logo foi preparar o beirute e começou a narrar:
-Eu conheço a família De La Cruz desde que eles se mudaram para cá. Quando chegaram já eram ricos e também já tinham a fábrica de panetone. Maurício era recém-nascido e cresceu tão rápido quanto morreu. Estava sempre aprontando e brincando por aí, mas era muito obediente também. Dedicou-se muitos aos estudos na adolescência e tornou-se muito inteligente. Tomou conta dos negócios e de sua mãe quando seu pai morreu. No último aniversário que passou com o pai antes que este morresse recebeu um presente um tanto curioso...
- Que presente foi esse?
- Foi um macaco de pelúcia...
- O mesmo que o filinho estava brincando?- Indagou Lhama outra vez.
- O mesmo, é algum tipo de lembrança, passada de pai para filho ou algo do tipo
- Estranho...
- Também acho, mas cada família com suas maluquices. Enfim o garoto cresceu, havia várias garotas querendo ficar com ele, afinal ele era rico, inteligente, bem educado e um rapaz bonito. Mas dentre tantas garotas Pâmela foi a escolhida. Ele era muito apaixonado por ela, mandava cartões românticos com enormes buquês de rosas em datas festivas, e mais, o perfeito e gostoso panetone que fazia questão de dividir com ele. Ficaram juntos um bom tempo e iam se casar, mas as coisas se complicaram para ambos. Problemas com o pai de Pâmela, e a mãe de Maurício muito doente. A relação de Pâmela com a sogra desagradava, pois não se davam bem, por esses e outros motivos os dois acabaram se separando. Pâmela sumiu e para cumprir o desejo de sua mãe, Maurício casou com Catarina, uma garota decente que sua mãe estimava muito e sonhava vê-los juntos.
Viveram bem todos estes anos, ele era um bom marido até a volta de Pâmela.
O senhor percebeu alguma coisa estranha naquela noite? O senhor Maurício demonstrou atitudes diferentes nestes últimos tempos? Como andava seu relacionamento com esposa, filhos e funcionários? Quem é Pâmela e que relação ela tinha com ele? Havia ele inimigos ou alguém que poderia se beneficiar com sua morte?
- Pera aí! – disse o velho já rindo - Eu acho melhor eu contar tudo o que eu sei e você só ouve, sem interrupções, eu já estou velho posso acabar esquecendo-me de algumas coisas ou me desviando do assunto.
Lhama concordou com a cabeça. E o velho disse:
-Vamos entrando, lá dentro e mais confortável e ainda lhe preparo um Beirute enquanto conto. Espero que o Sr. tenha tempo, pois se eu for dizer tudo que sei, podemos ficar aqui por horas.
Caminhando devagar, chegaram à casa do velho.
A casa do velho era modesta, muito mais simples que o casarão dos De La Cruz na esquina. Tinha um odor estranho, uma mistura de cheiro de gato com cheiro de fritura, mas fora isso, era muito reconfortante. Porém ao contrário da casa da Sra. Andres, não havia ao menos um enfeite de natal, provavelmente o velho não possuía família e amigos.
O velho preparou o café rapidinho, e serviu e logo foi preparar o beirute e começou a narrar:
-Eu conheço a família De La Cruz desde que eles se mudaram para cá. Quando chegaram já eram ricos e também já tinham a fábrica de panetone. Maurício era recém-nascido e cresceu tão rápido quanto morreu. Estava sempre aprontando e brincando por aí, mas era muito obediente também. Dedicou-se muitos aos estudos na adolescência e tornou-se muito inteligente. Tomou conta dos negócios e de sua mãe quando seu pai morreu. No último aniversário que passou com o pai antes que este morresse recebeu um presente um tanto curioso...
- Que presente foi esse?
- Foi um macaco de pelúcia...
- O mesmo que o filinho estava brincando?- Indagou Lhama outra vez.
- O mesmo, é algum tipo de lembrança, passada de pai para filho ou algo do tipo
- Estranho...
- Também acho, mas cada família com suas maluquices. Enfim o garoto cresceu, havia várias garotas querendo ficar com ele, afinal ele era rico, inteligente, bem educado e um rapaz bonito. Mas dentre tantas garotas Pâmela foi a escolhida. Ele era muito apaixonado por ela, mandava cartões românticos com enormes buquês de rosas em datas festivas, e mais, o perfeito e gostoso panetone que fazia questão de dividir com ele. Ficaram juntos um bom tempo e iam se casar, mas as coisas se complicaram para ambos. Problemas com o pai de Pâmela, e a mãe de Maurício muito doente. A relação de Pâmela com a sogra desagradava, pois não se davam bem, por esses e outros motivos os dois acabaram se separando. Pâmela sumiu e para cumprir o desejo de sua mãe, Maurício casou com Catarina, uma garota decente que sua mãe estimava muito e sonhava vê-los juntos.
Viveram bem todos estes anos, ele era um bom marido até a volta de Pâmela.
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