terça-feira, 17 de novembro de 2009

Misterio do Panetone

Capítulo XVII

Oito da noite: os detetives e o motorista chegam à casa de Mara. Macaco rapidamente entra na casa e olha para os lados como se procurasse por alguém. Era evidente que não sossegaria até encontrar a dona da festa. Até que finalmente, depois de procurar nos dois andares do sobrado, ele a encontra no jardim:

- Olá, Macaco. Que bom que veio!

- Mas é claro que eu não perderia a festa. Aliás, estou gostando muito do ambiente.

- Obrigada. O Lhama e o motorista de vocês vieram também, né?

- Ah, o Lhama... Sim, ele e o James também vieram. Devem estar por ai comendo e bebendo. Mas não vamos falar deles, não. Vamos conversar sobre outras coisas.

Macaco estava embasbacado com aquele momento. Aonde quer que Mara fosse ele ia atrás, e como eram muito antenados nas notícias, puderam conversar sobre tudo: futebol, política, economia, viagens, música, culinária, animais, enfim, jogaram conversa fora por mais de horas. Entretanto, Mara viva dando umas olhadas para os lados, como as de um Macaco que procura uma garçonete numa festa:

- Está procurando alguém? – pergunta Macaco, curioso.

- Sim, queria dar um oi para o Lhama. Estamos conversando há duas horas e não tive a oportunidade de cumprimentá-lo. Acho que vou procurar por ele.

Macaco, com cara fechada, responde:

- Tudo bem. Eu vou ao banheiro, depois encontro com você por aqui.

Mara não teve muito trabalho para achar o outro detetive. Bastou entrar na sala e lá estava ele, parado e encostado na parede com um copo na mão.

- Olá, Lhama. Que bom que veio.

- Sim, estava curioso para ver como seria e com certeza não estou arrependido de ter vindo.

- Fico feliz em saber.

Mara parece querer falar algo que está entalado em sua garganta:

- Está tudo bem mesmo, Mara? Parece que está hesitando em falar algo.

- Sim. Na verdade eu queria te dizer uma coisa desde aquele dia que vocês apareceram na cafeteria. Na verdade quero te mostrar, e não dizer.

Mara abraça Lhama e o beija. Macaco, que estava de saída do banheiro vê a terrível cena. Ele fica sem reação por alguns segundos e depois toma o rumo da porta de saída.

Nenhum comentário:

Postar um comentário