quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O mistério do panetone

Capítulo IV

Fazia sol naquela manhã. Lhama já estava no saguão do hotel esperando Macaco há meia hora. Como de costume, o primata era um pouco atrapalhado, e a explicação que deu a Lhama foi que não achava seu suéter que sua avó Lourdes havia costurado para ele, e, sem estar vestindo-o, não saia para a investigação. Depois das explicações e pedidos de desculpa, eles encontraram James, que os levaria pela cidade durante o dia.
A primeira parada foi a vizinhança em que o Ogro morava, e logo tocaram a campainha de um morador. Entretanto, ninguém atendeu. Foram para a segunda casa, e novamente, ninguém atendeu. Na terceira casa, um velhinho abriu a porta, e pediu para que entrassem rapidamente em sua residência. Antes de fechar a porta, olhou para a rua, como se estivesse procurando por algo. Pediu aos três que se acomodassem no sofá de couro marrom:
- Vocês são os detetives que vieram investigar o caso do tráfico?
- Sim. Eu sou o detetive Lhama, este aqui é o detetive Macaco e este o nosso motorista, James. E você é...
- Sou Gildo, ex-delegado daqui da cidade e pai do atual delegado, Gilderson. Eu o ajudei dando algumas informações sobre o Ogro. Ele me avisou da vinda de vocês para Petrópolis. Pedi para que vocês entrassem rapidamente pois o Ogro não pode saber da presença de vocês na cidade; ele tentaria escapar de vocês e isso atrapalharia na investigação.
- Com certeza, Gildo. Sabe mais alguma coisa sobre o tráfico? – perguntou o Macaco.
- Bom, ele se mudou para cá há cerca de quatro meses. O que acontece lá dentro da casa dele eu não sei. Mas sei que toda semana um carro com emplacamento de São José estaciona na frente da casa dele, e o empregado do Ogro coloca cerca de três caixas grandes no porta-malas do carro. Às vezes, os sujeitos entram na casa dele, mas saem rapidamente. Duas vezes por mês, um carro cinza sem emplacamento entra na garagem do Ogro, mas também não fica muito tempo. Isso é tudo que sei, e já informei à polícia disso tudo. Eles dizem que não vão agir ainda pois querem descobrir de onde vêm e para onde vão os dois carros, além de quererem descobrir os ingredientes do tal panetone. Por isso solicitaram a ajuda de um detetive.
- Mas como vocês descobriram que são panetones? – perguntou Lhama.
- Na primeira vez que vi os dois sujeitos do carro de São José entrando na casa do Ogro, eu estava no meu quarto, no andar de cima. Comecei a observar com um binóculo o que acontecia no cômodo em que eles estavam, já que a janela da casa dele, naquela única ocasião, estava aberta. Foi então que vi o Ogro pegando um panetone de uma caixa e mostrando para os homens analisarem, como se fosse algo raro.
Nesse instante, eles ouvem alguém bater à porta. Todos ficam mudos e apreensivos.


Felipe Braz - Nº.10, Ivan Carbonari - Nº. 19, Josué Merchan - Nº. 20,Murilo Andrade - Nº. 28, Natalia Vieira - Nº. 29, Rafael Moreli - Nº. 30, Vanessa Roschel - Nº. 37, Victor Murata - Nº. 38, William Hideki - Nº. 39, Isabela Ferro - Nº. 40

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