sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O SEGREDO DO PANETONE

Cap XIII

Acabada a narração, Jorge dirigiu Lhama até a saída:
Muito obrigado Sr. Jorge, foi um prazer te conhecer.
O prazer foi meu em poder ajudar. Se precisar de mais alguma coisa, estou a disposição.
Apretaram as mãos e se despediram. Lhama entrou no carro e saiu. Foi até a delegacia colocar todos os fatos em ordem.
Ao chegar, não fala com ninguém, vai até a cafeteira e pega um copo de cappuccino e logo em seguida entra em seu escritório. Era um cubo, um pouco desorganizado, com papéis por toda parte, e um mural onde ainda se encontravam as peças do último quebra-cabeça. Era ali que ele colocava os fatos, evidencias, suspeitos, fotos e reportagens de jornais. Antes de começar ele arrumou a sala e limpou o quadro, deixou sobre a mesa apenas o que dizia respeito ao caso atual. Foi colocando as fotos de suspeitos e testemunhas, eram estas as de Catarina, Pâmela, Antônio e Jorge além da foto de Maurício.
A começar por Maurício, colocou seus dados e características pessoais colhida do depoimento, frisou “ciumento”, evidente que sua esposa não o traiu, tinha álibi, além disso Pamela não disse nada a respeito de traição por parte de Catarina, caso contrário ela teria usado isso a seu favor. Assinalou também “receita secreta”. Acabando seu histórico passou para a esposa. Em Catarina destacou “fria, ambiciosa”, anotou, juntamente com o de Maurício, “problemas conjugais”. Para o Jorge colocou “Amigo da família, confiável” ele sabia de muita coisa da família. Antônio, ele foi quem mais lhe deu informação, mas por ser tão fofoqueiro, não marcou como fonte confiável, era malicioso, interessado no segredo do Panetone. E por último Pâmela, no momento era ela de quem mais duvidava, por todo seu histórico familiar e de relacionamentos, seus pensamentos eram dissimulados e era do tipo que podia conseguir o que quisesse quando se tratava de homens. Era totalmente apaixonada por Maurício e odiava Catarina assim como Senhor Antônio.
Antes de colocar na gaveta as fitas gravadas de cada depoimento, ouviu mais uma vez cada e anotou mais algumas coisas. Pegou as fotos e reportagens e colocou-as pregadas no mural junto com o histórico dos suspeitos e testemunhas, ligando cada fato, cada foto cada evidência e ligou a cada personagens daquela história maluca na qual estava envolvido.

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