sábado, 28 de novembro de 2009

O Mistério do Panetone

Capítulo XXVIII

Dez minutos foram suficientes para praticamente atravessarem a cidade. Chegando ao início da estrada, Lhama e seus companheiros acharam melhor irem a pé, já que o barulho do motor do táxi poderia chamar a atenção.
- James, Gildo, é agora. Fizemos um tremendo esforço para chegarmos aqui e só sairemos daquele sítio com o Macaco junto de nós. Por isso, peço muita cautela, não ajam no impulso e mais importante de tudo, não façam nenhum barulho. – orienta Lhama.
Após uma curta caminhada eles chegam ao cativeiro onde estava o Macaco. Eles entram e cada um se esconde atrás de uma árvore. Lhama inclina a cabeça para ver se não havia ninguém. Aparentemente, a área estava vazia.
- Vamos dar uma olhada naquele celeiro; é quase certeza de ele está lá. Se não estiver, nós damos uma olhada ali na casa. Vamos rastejando, mas tentem ser o mais rápidos que conseguirem. – cochichou o detetive.
Os três pareciam estar no meio de uma guerra. Rastejavam desesperadamente feito soldados aleijados. Chegaram à porta do celeiro rapidamente, entretanto, a alegria durou pouco: viram seis pernas se posicionarem entre eles e a entrada. Olharam para cima e viram que eram três dos capangas do Ogro. Um chute na cabeça de cada um foi suficiente para ficarem desacordados. Os homens rapidamente os amarraram e os levaram para perto do Macaco.
- Soltem meus amigos! – implora Macaco.
Um dos homens dá um chute na barriga de Macaco:
- Fique quieto, senão na próxima eu faço você ficar na mesma situação deles.
O detetive, o motorista e o ex-delegado de Petrópolis permaneceram desmaiados por aproximadamente duas horas, até que Lhama começa a retomar a consciência:
- Macaco, você ainda está vivo! – alegra-se Lhama.
- Sim, mas vocês não deveriam ter vindo até aqui.
- Deixe de ser orgulhoso, detetive. Nós viemos te salvar; daqui a pouco estaremos voltando a Andenópolis e o Ogro estará atrás das grades.
A conversa se estende até que Lhama começa a observar um dos caixotes que continha os panetones. O que chama a sua atenção é um carimbo na caixa escrito Made in Angola.
A porta abre bruscamente; Gildo e James acordam e Lhama percebe. Entretanto, James e Gildo piscam para Lhama e voltam a fingir que estão desacordados. Lhama entende o recado. O Ogro entra pela porta com um sorriso infame:
- Ora, ora, que surpresa agradabilíssima, detetive Lhama.
- Quem é você? – espanta-se Lhama
- Ele é o Ogro. – responde Macaco.

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