segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O Mistério do Panetone

Capítulo XVI

No dia seguinte após a perseguição do homem e da descoberta do sítio, Lhama conversa com Gilderson, por celular:

- Tem certeza Lhama?

- Certeza absoluta, Gilderson. Um sítio em São José, é para lá que eles levam os panetones daquele depósito. Estavam todos encaixotados e etiquetados. E dentro da casa ao lado estavam mais de vinte homens vestidos da mesma forma, como se aquela roupa fosse os seus uniformes.

- Incrível descoberta, detetive Lhama. Fico muito contente em saber que você está tendo sucesso nas investigações. Nesse ritmo, logo desvendaremos o mistério todo. O delegado Faraco te ligou? Ele te mandou os resultados da pesquisa dos ingredientes do panetone que você pediu a ele?

- Pois é, estou esperando a ligação do Faraco até hoje. Ele anda sumido ultimamente.

- Entendo. Bom, tenho que voltar ao trabalho. Até mais Lhama, boa sorte aí em São José; estamos aguardando a sua volta a Petrópolis.

Lhama desligou o celular empolgadíssimo. Entretanto, não imaginava que pelos próximos dias não descobriria nada. Naquele dia e pelos próximos três, ele, Macaco e James voltaram ao depósito para ver o destino das caixas, mas não havia nenhum movimento diferente. Os panetones somente chegavam ao sítio; nenhuma das caixas saia do celeiro. Foi a mesma rotina pelos quatro dias: acordar cedo, comer na cafeteria onde Mara trabalhava e investigar a rotina do sítio; voltar à cidade, almoçar e novamente investigar o sítio até o pôr-do-sol.

- Pelo jeito nossa onda de descobertas acabou. Nada de diferente acontece. Nada! – lamenta-se Macaco

- Calma Macaco, tenha paciência, alguma hora nós descobriremos algo novo.

- Tudo bem, Lhama. Mas devo te lembrar que hoje temos que voltar um pouco mais cedo. À noite, temos a festa da Mara para irmos, e essa eu não perderei por conta desses panetones.

- Como se a Mara fosse mais importante do que a investigação, né, Macaco?

- Pois para mim é.

Depois do pequeno desacordo, Lhama e Macaco passaram o dia sem se falarem direito.

Eram sete da noite e eles estavam se arrumando para irem à festa. Os detetives ainda não se comunicavam decentemente, o que desgastava um pouco a relação dos dois.

- Lhama, ao chegarmos lá, cada um vai para o seu canto. Não vou ficar ao seu lado o tempo todo. Fique com a chave do quarto, pois provavelmente voltarei mais tarde.

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